O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, nesta quinta-feira (19/12), que sempre agiu de forma técnica durante todo o mandato à frente da autoridade monetária. Ele será substituído, a partir de 1º de janeiro de 2025, pelo atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado por Lula (PT).
“Sempre agi de forma técnica e todos do BC”, disse ele durante entrevista coletiva sobre o relatório de inflação do quarto trimestre, Campos Neto se despediu do banco e desejou sorte ao sucessor na condução da política monetária do país.
“Sempre disse que, desde o começo não acreditava em recondução. Eu também sempre disse que ficaria até o fim do mandato, independente de qualquer tipo de pressão”, declarou.
Ele destacou que sua prioridade sempre for colocar a “institucionalidade do Banco Central acima de interesses pessoais e políticos”. “Acho que as decisões do Copom mostram isso ao longo do tempo”, avaliou.
Despedida e transição com Galípolo
Campos Neto avaliou a transição de mandatos como a “mais bem planejada, independente da polarização política e das críticas”. Galípolo, por sua vez, chamou de “transição entre amigos”.
Segundo ele, dar peso aos diretores facilitou a “passada de bastão” para Galípolo. “Eu vou continuar defendendo e ajudando o Banco Central sempre, de forma clara e transparente, e lutando pela autonomia e pelo aprimoramento do autonomia”.
“Sexta-feira [(20/12)] será meu ultimo dia no BC, na prática, eu entro de recesso. O Gabriel assume como interino até assumir oficialmente no dia 1º de janeiro”, informou.
“Queria enfatizar que a gente vem fazendo uma transição muito suave. Muito baseada no principio da autonomia. E queria desejar ao Gabriel boa sorte, aos diretores e aos funcionários”, finalizou Campos Neto.
Fonte: Metrópoles