O corpo de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como o homem-bomba que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), foi retirado nesta quinta-feira (5) do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) por familiares, em Brasília.
Segundo informações obtidas pela CNN, o corpo havia sido liberado pelos peritos poucos dias após o atentado, mas permaneceu no local devido à ausência de familiares que se apresentassem para reclamá-lo.
A localização de parentes de Francisco foi dificultada pelos desdobramentos dos fatos que levaram a sua morte. A ex-esposa do homem, Daiane Dias, faleceu na última terça-feira (3).
Ela estava internada desde o dia 17 de novembro, quando ateou fogo em uma residência de Francisco, localizada em Santa Catarina. Daiane ficou ferida na ocorrência e chegou a ser resgatada por um vizinho com queimaduras por todo o corpo.
Caso o corpo de Francisco não fosse retirado pelos familiares, ele seria encaminhado para o serviço social devido a ausência de responsável.
Explosões
No dia 13 de novembro, Francisco lançou duas bombas contra o prédio do STF. A primeira falhou, mas a segunda detonou, espalhando fragmentos de metal impulsionados por pólvora em um tubo de PVC.
Ele acendeu um terceiro artefato explosivo e se deitou sobre ele, causando a própria morte. De acordo com a perícia da PF, a causa foi traumatismo encefálico por explosão.
“Como provável dinâmica, os achados necroscópicos suportam que o indivíduo, já deitado e com a cabeça encostada no chão, teria segurado o artefato explosivo com a mão direita, contra a própria cabeça, em contato com a pele”, destaca o laudo de 66 páginas à qual a CNN teve acesso.
No mesmo dia do atentado ao STF, Francisco também detonou explosivos em seu carro, que estava estacionado no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
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