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Corrupção: mulher de secretário, “filho” de Bocalom, recebe salários, 13º e indenização mesmo “encostada pelo INSS”

A jornalista Melissa Barchik Jares Nascimento, mulher do secretário de Comunicação da Prefeitura de Rio Branco, Ailton Oliveira, recebe indevidamente salários brutos superiores a R$ 7 mil, referentes a um cargo comissionado, sem comparecer à repartição.

Ailton balança no cargo, mas mantém autoridade sobre o prefeito, que o adotou como “filho”.

A ausência da servidora está justificada (veja abaixo). Porém, a remuneração mensal paga pela prefeitura deveria ter sido interrompida desde julho, ainda na pré-campanha eleitoral, quando a jornalista apresentou um atestado médico de 15 dias. O atestado venceu, e um novo foi apresentado. Oficialmente, Jares deveria estar na folha da Previdência Social, como beneficiária de auxílio doença. Mas ela não está, e ainda recebe sem trabalhar.

A jornalista permanece lotada na Secretaria de Comunicação, chefiada pelo marido, no cargo de assessora especial, mesmo “encostada” pelo INSS. Os últimos contracheques comprovam o vínculo irregular e o pagamento indevido. Ela está na folha da prefeitura.

Um servidor da Secom confirmou que a servidora está afastada “pelo INSS” (ouça abaixo). O assessor da Secom não sabia que estava sendo gravado. Outros diretores sondados pela reportagem, intimamente ligados ao secretário, não atenderam aos telefonemas.

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Um advogado lotado no município explicou que “a legislação diz que o auxílio doença deve ser pago pelo órgão previdenciário, sendo vedada a acumulação do benefício com outro vencimento, especialmente quando servidor aparece na folha de entes públicos – ou privados – como trabalhador em atividade, caso de Melissa Jares.

“Não estou sabendo”, disse Mírian Melo, coordenadora de Comunicação, questionada por que a jornalista permanece na folha, não dá expediente e, oficialmente, estaria amparada pelo INSS. Ouça abaixo:

https://oseringal.com.br/wp-content/uploads/2024/12/WhatsApp-Ptt-2024-12-20-at-12.22.16.ogg?_=2

Chama atenção que Melissa vem recebendo seus salários religiosamente, e inclusive já recebeu o mês de dezembro de 2024 e o décimo-terceiro salário, que caíram na conta nesta sexta-feira.

A reportagem também teve acesso a uma planilha da Secretaria Municipal de Fazenda. O documento revela que Melissa recebeu, ainda, a indenização pelos 4 anos nomeada como cargo em comissão no município.

A indenização justa deveria ser calculada sobre os meses trabalhadores, o que não ocorreu.

O Ministério Público, querendo, pode obrigar a servidora a devolver pelo que recebeu a mais – inclusive os meses não trabalhados.

Os documentos podem ser conferidos abaixo.

O espaço para esclarecimentos está aberto.

 

 

 

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