Cortar o cabelo é um passo importante para manter os fios saudáveis e com boa aparência. Mas qual a frequência ideal para um corte? É verdade que o cabelo cresce mais rápido quando cortado? Entenda mitos e verdades sobre cortar o cabelo e aprenda como cuidar dos fios.
A dermatologista e tricologista Ethel Nunes de Sousa Fernandes, da Rede Mater Dei de Saúde, afirma que a frequência dos cortes deve ser avaliada de acordo com os danos sofridos pelos fios.
“Se a pessoa faz química ou usa ferramentas térmicas com frequência, será necessário cortar ou aparar as pontas mais vezes. Isso ajuda a eliminar as áreas danificadas e a preservar o restante do cabelo saudável”, explica a especialista.
Por outro lado, a dermatologista e tricologista Larissa Beltrão, da Santa Casa de São José dos Campos, destaca que não há uma frequência ideal para todos os casos. “Cortar o cabelo não faz ele crescer mais ou menos. O corte apenas remove as pontas, que são as áreas mais danificadas, deixando o cabelo com uma aparência mais saudável. A decisão sobre a frequência depende do estilo que a pessoa deseja manter”, diz.
Ethel afirma que o principal fator que determina a velocidade de crescimento e o comprimento máximo do cabelo é a genética. “Embora condições como doenças ou alterações metabólicas possam desacelerar o crescimento, cortar o cabelo não afeta diretamente esse processo”, ensina.
Além disso, não há relação entre o corte e a redução da queda. “Os fios caem conforme o ciclo capilar e a genética de cada pessoa. Independente de lavar ou cortar, isso não faz diferença no ritmo de queda”, esclarece Larissa.
Como saber se o cabelo precisa ser cortado?
De acordo com as especialistas, alguns sinais indicam que é hora de remover as pontas ou até reduzir o comprimento. A dermatologista Ethel Nunes, explica que cabelos com pontas duplas, ressecamento persistente mesmo após hidratações frequentes e maior dificuldade para desembaraçar são indicativos claros.
“Esses são os principais sinais de que o cabelo está precisando ser cortado. Retirar as pontas danificadas ajuda a manter o restante dos fios saudáveis e bonitos”, completa.
Larissa acrescenta que pontas opacas, rarefeitas ou quebradiças também são sinais de dano acumulado. “Fios muito longos podem ficar mais ralos com o tempo, devido à quebra no comprimento, e tirar essa área comprometida melhora bastante o visual”, orienta.
Mas cortar apenas as pontas é sempre suficiente? Segundo Ethel, isso depende do estado geral do fio. “O recomendado é cortar as áreas que estão danificadas. Se o problema está apenas nas pontas, basta removê-las. Mas, caso o dano seja maior, o ideal é retirar toda a parte comprometida”, afirma.
A médica também explica que o cabelo é um tecido morto e, por isso, não será regenerado internamente pelo organismo. “Todo tipo de hidratação ou nutrição vem de produtos aplicados nos fios”, conclui.
Cuidados para proteger o cabelo de danos
- Evite o excesso de químicas: não combine procedimentos como descoloração e alisamento, pois isso aumenta os danos ao fio. Sempre deixe um intervalo de pelo menos duas semanas entre uma química e outra.
- Minimize o atrito: utilize fronhas ou toucas de cetim para evitar que o cabelo quebre durante o sono. Ao pentear, escolha escovas de cerdas macias e flexíveis para reduzir a chance de quebra.
- Invista em hidratação: realize hidratações profundas regularmente, principalmente antes de procedimentos químicos, para fortalecer os fios e reduzir danos.
- Proteja os fios contra o calor: mantenha o secador a 15 centímetros de distância do cabelo e use temperaturas baixas; sempre aplique protetor térmico antes de ferramentas como chapinha e babyliss; e certifique-se de que o cabelo esteja seco antes de modelar com calor.
- Boa alimentação: uma dieta balanceada, rica em nutrientes é fundamental para que as células do folículo capilar consigam produzir um fio de qualidade. Deficiências nutricionais podem impactar a aparência do cabelo, afetando cor, textura e até provocando queda.
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Fonte: Metrópoles