Dívida bruta do Brasil atingirá pico em 2027, estima Tesouro

O pico da dívida bruta será alcançado em 2027, a 81,8% do Produto Interno Bruto (PIB). As informações estão no Relatório de Projeções Fiscais do 1º semestre de 2024, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (16/12). Segundo dados do relatório, a curva do endividamento entraria então em uma trajetória de queda, atingindo 75,6% do PIB em 2034.

“Essa alta esperada se explica, principalmente, pelo nível dos juros nominais, que seguem pressionando a dívida nos anos seguintes (…). A evolução do PIB é o principal fator que atua reduzindo a razão dívida/PIB”, destaca o Tesouro.

Dívida bruta em 2024

Para este ano, a previsão é de que a dívida bruta do governo geral (DBGG) seja de 77,7% — acima de 2023, quando foi de 74,4% do PIB. O valor também fica abaixo do resultado até outubro, de 78,6% do PIB, segundo o Banco Central (BC).

A DBGG incorpora governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), governo estaduais e municipais. As projeções para a dívida pública dos próximos 10 anos foi atualizada pelo Tesouro.

Para cumprir a meta fiscal no centro em 2026, 2027 e 2028, serão necessárias, respectivamente, receitas adicionais de, em média, 0,8% do Produto Interno Bruto. Caso isso não seja alcançado, a dívida bruta chegaria a um pico de 83,1% em 2028 e só voltaria a cair em 2034, com 80,8% do PIB.

“As expectativas de resultados primários positivos e de redução dos juros/PIB serão determinantes para assegurar a trajetória de queda da DBGG/PIB no médio prazo para além das estimativas feitas no cenário de referência em questão”, informa o o órgão no relatório.

Em média, haveria um superávit primário de 1,0 ponto percentual do PIB do governo geral contra despesas de juros equivalentes a 6,0 pontos percentuais do PIB por ano, segundo o Tesouro.

“O deslocamento para cima na trajetória da DBGG desde o último relatório se deve à diferença na Grade de Parâmetros Macroeconômicos, especificamente à projeção de uma taxa de juros mais alta, principalmente nos primeiros três anos do horizonte de projeções”, explica a secretaria.



Fonte: Metrópoles

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