Um surto de doença misteriosa em uma região remota da República Democrática do Congo foi identificado como uma infecção respiratória aguda, complicada pela malária, informaram as autoridades de saúde na sexta-feira (27).
Desde o final de outubro, foram registrados 891 casos e 48 mortes, de acordo com uma atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.
Centenas de amostras foram testadas para entender mais sobre a doença. Mais de 60% dos testes rápidos deram positivo para malária, e cerca de dois terços daqueles testados com um exame laboratorial mais preciso de PCR também foram positivos para Plasmodium falciparum, o parasita causador da malária. Outros testes também detectaram vírus respiratórios comuns, incluindo a gripe.
A vigilância epidemiológica adicional e os testes laboratoriais continuam, pois o surto é considerado em andamento. O número de casos semanais tem permanecido relativamente estável desde o início de novembro, segundo dados da OMS. Houve um aumento no número de casos durante a semana que terminou em 15 de dezembro, provavelmente impulsionado pela melhoria na detecção dos casos após a implantação de equipes de resposta rápida; as mortes não aumentaram tanto nessa semana.
“As investigações em andamento e os achados preliminares de laboratório sugerem que uma combinação de infecções virais respiratórias comuns e malária falciparum, agravadas pela desnutrição aguda, levou ao aumento de infecções graves e mortes,” de acordo com a atualização da OMS desta sexta-feira.
Os sintomas que levaram aos casos fatais incluem dificuldade para respirar, anemia e sinais de desnutrição aguda, o que torna as crianças pequenas particularmente vulneráveis.
Crianças menores de 5 anos foram mais afetadas, representando quase metade de todos os casos e 54% de todas as mortes. Esse grupo etário corresponde a apenas 18% da população da região.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Doença respiratória ligada à malária causa mortes na República Democrática do Congo no site CNN Brasil.