Dólar oscila com dados de emprego nos EUA; bolsa cai

O dólar tinha leve alta frente ao real nesta sexta-feira (6), com investidores analisando os novos dados de emprego dos Estados Unidos, que acelerou acima do esperado, e possíveis sinais sobre a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve.

Às 11h14, o dólar à vista subia 0,07%, a R$ 6,0157 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, caía 0,48%, a 127.242,84 pontos.

 

 

Criação de vagas de emprego nos EUA acelera

Nos EUA, a criação de vagas de trabalho acelerou em novembro após ter sido severamente afetada por furacões e greves, mas isso provavelmente não sinaliza uma mudança material nas condições do mercado de trabalho, que continuam a enfraquecer de forma constante e permitem que o Federal Reserve corte a taxa de juros novamente este mês.

A economia dos EUA abriu 227.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após abertura revisada para cima de 36.000 em outubro, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira.

Economistas consultados pela Reuters criação de 200.000 postos no mês passado, depois de 12.000 relatados anteriormente em outubro. As estimativas variaram de 155.000 a 275.000 empregos.

Economistas sugeriram calcular a média dos ganhos de vagas fora do setor agrícola do mês passado com a contagem de outubro para obter uma tendência mais clara do crescimento do emprego.

O mercado de trabalho foi afetado em outubro pelos furacões Helene e Milton, bem como por uma grande greve nas fábricas da Boeing na Costa Oeste.

A taxa de desemprego subiu para 4,2%, após se manter em 4,1% por dois meses consecutivos. A média de ganhos por hora aumentou 0,4%, após ter aumentado 0,4% em outubro. Nos 12 meses até novembro, os salários avançaram 4,0%, mantendo o ritmo de outubro.

No cenário doméstico

O dólar tem tido uma semana histórica, fechando por sessões consecutivas acima de R$ 6,00, após superar a marca na semana passada pela primeira vez desde o início da circulação da moeda brasileira, em 1994.

Na quinta-feira (5), o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a R$ 6,0089, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de R$ 6,0652.

Por trás dos recordes, está a contínua preocupação dos investidores com a trajetória das contas públicas, principalmente depois do duplo anúncio do governo de um pacote de medidas de contenção de gastos e de um projeto de reforma do Imposto de Renda.

As medidas fiscais já eram esperadas, mas o mercado recebeu mal o projeto que busca expandir a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

Um otimismo maior foi finalmente exibido na véspera, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira, do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo.

O foco na próxima semana será a última reunião do Copom neste ano. Operadores colocam 58% de chance de uma alta de 75 pontos-base na Selic, atualmente em 11,25% ao ano, com 42% de probabilidade de um aumento de 100 pontos, em meio ao que veem como uma economia superaquecida e com potencial inflacionário.

*Com informações da Reuters

Entenda por que os juros caem nos EUA e sobem no Brasil

Este conteúdo foi originalmente publicado em Dólar oscila com dados de emprego nos EUA; bolsa cai no site CNN Brasil.

China e Asean assinam pacto de livre comércio atualizado em meio a tarifaço

A China e a Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) assinaram uma atualização de seu acordo de livre comércio nesta terça-feira (28), com...

Campeão do mundo defende Vini Jr.: “Também nunca gostei de ser substituído”

A fúria de Vini Jr. durante o clássico entre Real Madrid e Barcelona, no último domingo (26) segue dando o que falar no mundo...

Torcedor cai de área superior em arena durante jogo de hóquei nos EUA

Um torcedor foi levado ao hospital após cair da área superior do PPG Paints Arena durante a partida de segunda-feira (27) à noite entre...