Entenda os riscos do uso de soda cáustica para adulterar leite

Nesta quarta-feira (11/12), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou mais uma fase da Operação Leite Compensado, que investiga a adulteração de produtos lácteos. Foi identificado o uso de soda cáustica e água oxigenada no leite UHT, leite em pó e compostos lácteos na fábrica da Dielat, que fica na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O uso de soda cáustica é proibido pela Anvisa em produtos lácteos, mas é permitido em alguns alimentos, como balas, cacau em pó, farinhas e ketchup, por exemplo. No leite e derivados, a substância é usada para regular a acidez no leite cru, que ainda não foi padronizado pela indústria.

A bebida que foi recolhida em condições de higiene não satisfatórias ou que ficou estocada em temperatura não adequada pode driblar os testes de qualidade com a adição da soda cáustica. O desenvolvimento de microrganismos torna o leite ácido, e a substância altera o pH, tornando-o mais próximo do que deveria ser.

“O padrão de acidez do leite tem relação com a contagem de bactérias, e, portanto, o produto que antes tinha acidez fora do limite permitido (e essa acidez foi corrigida com hidróxido de sódio), poderia estar com o contagem microbiana fora do padrão estabelecido”, diz o informe técnico n° 33 de 2007 da Anvisa.

A soda cáustica usada na indústria deve ser em pequenas quantidades, e a segurança depende do grau de pureza. Algumas das substâncias que podem estar associadas ao produto impuro são chumbo, mercúrio e arsênico, por exemplo.

imagem colorida operacao leite compensado
13ª fase da Operação Leite Compensado, contra a adulteração de produtos lácteos em uma fábrica da Dielat, foi deflagrada no município de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre

Riscos da ingestão de soda cáustica e leite estragado

Segundo o Manual MSD, os primeiros sinais de ingestão de soda cáustica são salivação excessiva e dificuldade para engolir. Em casos mais graves, quando a quantidade é maior, o paciente pode ter sangramento na boca, garganta, tórax e abdome, além de dor, vômitos e perguração de esôfago ou estômago.

A substância também queima as vias aéreas, causando tosse, respiração acelerada e que emite sons. O tratamento é feito com esvaziamento gástrico e diluição por líquidos.

Já o leite estragado pode causar, principalmente, intoxicação alimentar. Os primeiros sintomas são febre, calafrios, dores musculares, enjoo, vômito e diarreia.

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Fonte: Metrópoles

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