Focus: mercado projeta inflação a 4,71% em 2024, acima do teto da meta

O mercado financeiro voltou a elevar a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, para o fim de 2024, 2025 e 2026.

Com isso, a previsão do índice para este ano passou de 4,63%, estimado na semana passada, para 4,71% — isso significa que os economistas continuam prevendo a inflação acima do limite da meta do governo Lula para este ano, que é de 4,50%.

É o que mostram os dados do relatório Focus mais recente, divulgado nesta segunda-feira (2/12) pelo Banco Central (BC). As projeções são fruto da análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.

Inflação

Para 2025, a projeção do mercado para o IPCA subiu de 4,34% para 4,40%. Em 2026, a projeção foi alterada para cima, saindo de 3,78% para 3,81%. Enquanto para o ano de 2027 a previsão recuou de 3,51% para 3,50%.

Atualmente, o IPCA está em 4,76% no acumulado de 12 meses até outubro — valor acima do teto da meta. No mês passado, a inflação cresceu 0,56%, puxada pelo aumento dos preços da energia elétrica residencial (4,74%) e das carnes (5,81%).

A meta da inflação para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (4,5% e 1,5%). O objetivo foi traçado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo BC, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento.

A próxima divulgação do IPCA está prevista para a próxima terça-feira (10/12).

Selic

A estimativa da taxa básica de juros do país, a Selic, para este ano permanece inalterada, pela nona semana seguida, em 11,75% ao ano. O mercado ainda aposta em novas elevações na taxa de juros até o fim de 2024.

Segundo a projeção, a Selic subirá dos atuais 11,25% ao ano para 11,75% ao ano até o fim de 2024.

Ou seja, os analistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumente a taxa de juros em 0,50 ponto percentual na próxima e última reunião do colegiado, prevista para ocorrer nos dias 10 e 11 de dezembro.

Para 2025, o mercado projeta que a Selic sairá dos 12,25% ao ano para 12,63% ao ano. Em 2026, a estimativa é de alta, saindo de 10% para 10,50%, ao ano, Para 2027, a previsão ficou em 9,50% ao ano.

PIB

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisada, pela segunda semana seguida, para cima, indo de 3,17% para 3,22%. Assim, as expectativas do mercado para o crescimento da economia brasileira estão cada vez mais próximas das estimativas feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, que prevê alta de 3,3% em 2024.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, e uma queda implica encolhimento da produção econômica da nação.

Para 2025, a previsão dos economistas continua em 1,95%. Enquanto para 2026 e 2027 a estimativa é de crescimento de 2%.

Outros indicativos

Dólar

Quase uma semana após o anúncio do pacote de corte de gastos públicos prometido pelo governo federal, o mercado financeiro alterou as previsões da taxa de câmbio (o dólar) para 2025 e 2026 e manteve inalterada para 2024.

  • 2024: a projeção para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 5,70.
  • 2025: o valor passou de R$ 5,55 para R$ 5,60.
  • 2026: a previsão subiu de R$ 5,50 para R$ 5,60.
  • 2027: o mercado manteve a estimativa em R$ 5,50.

Embora a equipe econômica tenha divulgado uma contenção de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, o mercado não reagiu de forma positiva, e o dólar fechou o pregão da última sexta-feira (29/11) cotado a R$ 6,00 pela primeira vez na história.

Essa elevação da moeda norte-americana frente ao real ocorre devido ao anúncio de uma reforma na renda, com a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil. Isso não agradou o mercado, que esperava só a revisão nas despesas da União.

Balança comercial

O saldo da balança comercial (valores do total exportações menos as importações) ficou inalterado em R$ 75 bilhões de superávit em 2024, conforme projeção do mercado.

Para 2025, por sua vez, o valor caiu de R$ 76,3 bilhões para R$ 76,02 bilhões. Em 2026, a projeção de superávit também recuou de R$ 78,86 bilhões para R$ 78,68 bilhões.

Para 2027, o mercado manteve, pela segunda semana consecutiva, o saldo da balança comercial em R$ 80,05 bilhões.



Fonte: Metrópoles

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