Gripe aviária está a uma mutação de ser transmitida entre humanos

Os casos de pessoas infectadas com o vírus da gripe aviária (H5N1) se tornaram mais frequentes neste ano conforme a doença começou a afetar mamíferos, inclusive em fazendas de gado nos Estados Unidos.

Apesar do aumento de casos e de episódios preocupantes, como a grave infecção de um adolescente no Canadá, porém, a gripe aviária ainda não é transmitida entre humanos. Os cientistas alertam, no entanto, que este cenário está a apenas uma mutação de ser modificado.

Uma análise publicada na revista Science na quinta-feira (5/12) revelou que falta apenas uma modificação na variante do vírus da gripe aviária que infectou as vacas leiteiras do interior dos Estados Unidos, o clado 2.3.4.4b, para que ela possa ser transmitida entre humanos.

Os testes revelaram que se a hemaglutinina do vírus, uma espécie de capa protetora que permite a ligação com outras células, sofresse uma alteração da proteína que a compõe, o patógeno passaria a ter um potencial pandêmico de transmissão entre os humanos.

Gripe aviária entre humanos

Se a mutação ocorrer na natureza, a doença seria capaz de mudar seu hospedeiro principal de aves para humanos — seria como se o vírus ganhasse chaves para abrir as células com maior facilidade e infectá-las.

“As descobertas demonstram o quão facilmente esse vírus pode evoluir para reconhecer receptores do tipo humano”, afirma o pesquisador de doenças infecciosas Ting-Hui Lin, autor principal do estudo, em um comunicado da Scripps Research, nos Estados Unidos.

Sem a mutação, o vírus ainda é capaz de infectar humanos, mas é como se não tivesse a chave para entrar nas células. Por isso, é preciso uma carga viral muito alta (como o contato constante com animais infectados) para que eles consigam arrombar a porta de entrada. Isso explica por que humanos não transmitem a doença, apenas podem ser afetados por ela.

Essa mudança permitiria que a doença fosse transmitida de forma semelhante à de outros vírus da gripe, com gotículas de saliva ou secreções espalhadas pela fala ou pelos espirros.

Os cientistas alertaram que embora este tipo de mutação ainda não tenha acontecido, uma mudança tão simples na composição dos vírus não é tão difícil de acontecer.

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Fonte: Metrópoles

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