Honda e Nissan avaliam, de acordo com publicação local, uma fusão a fim de garantir sobrevivência. A união entre as duas companhias garantiria competitividade em um mercado cada vez mais desafiador, muito em decorrência das rivais chinesas.
A informação é do periódico japonês Nikkei. Honda e Nissan vêm, bom frisar, estreitando laços recentemente – principalmente na seara de veículos elétricos. Tanto é que em agosto, as fabricantes se juntaram à Mitsubishi com o objetivo de fomentar parceria para trabalhar em softwares de gerenciamento e inteligência artificial e também na produção de componentes como baterias, motores e inversores.
Além de terem maior força para enfrentar a “ameaça” das montadoras chinesas, como GAC e BYD, a fusão de Honda e Nissan também teria condições, segundo interlocutores, de enfrentar a Tesla. Desse modo, a criação de uma gigante japonesa seria capaz de encarar guerras de preços e outras estratégias adotas por Elon Musk e pelas rivais asiáticas.
Ademais, uma provável fusão entre Honda e Nissan faria sentido sob outro prisma. A Renault diminui cada vez mais sua participação na última e estaria aberta a vender seu share para a primeira. Tal reestruturação, segundo fonte próxima, seria “positiva” para a companhia francesa.
Procuradas pela agência Reuters, Honda e Nissan negaram quaisquer planos de fusão. Curioso é que as declarações emitidas foram idênticas.
“Conforme anunciado em março deste ano, Honda e Nissan estão explorando diversas possibilidades de colaboração futura, aproveitando os pontos fortes uma da outra”, disseram as montadoras à Reuters. As empresas acrescentaram ainda que as partes interessadas ficarão sabendo de “novidades” em “momento apropriado”.
A Renault, evidentemente, uma das partes interessadas, também foi procurada pela Reuters. À agência, afirmou que não tem conhecimento da movimentação e, por isso, evitou comentários.
A Nikkei, contudo, afirma que as gigantes nipônicas pretendem assinar memorando de entendimento para a formatação de uma nova holding. A publicação, porém, não citou fontes.
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