Em cinco dias de julgamento, o mais longo da história do Tribunal do Júri, cinco militares do Acre foram absolvidos pela morte de três civis, entre eles a menina Maria Cauane Araújo da Silva, de 11 anos. A sentença foi lida há pouco pelo juiz Robson Aleixo.
Todos os réus eram membros do Batalhão de Operações Especiais (Bope), responsável por uma incursão policial no dia 14 de maio de 2014, no Bairro Preventório, em Rio Branco. Entre as 42 testemunhas, 24 eram de defesa dos acusados – todos ligados ao oficialato da PM do Acre (tenentes, coronéis, sargentos) e um delegado de polícia civil. O deputado federal Ulisses Araújo, ex-comandante-geral da PM, também depôs em favor dos réus.
Os promotores Carlos Pescador e Antônio Alceste sustentaram que os militares mataram as três vítimas. Cauane morreu com um estilhaço de munição de fuzil no coração. A defesa sustentou que a criança morreu “por uma fatalidade”. E que os policiais mataram os dois adultos para se defender, numa ação que, segundo o Comando-Geral da PM, tinha o objetivo de prender supostos faccionados.
Os jurados entenderam que não houve provas suficiente para comprovar a acusação do Ministério Público.
Foram absolvidos:
Josemar Barbosa de Farias, Wladimir Soares da Costa, Raimundo de Souza Costa, Antônio de Jesus Batista e Alan Melo