Partido no poder na Coreia do Sul apoia impeachment; presidente se recusa a renunciar

O partido governante da Coreia do Sul mostrou apoio às tentativas de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol por a tentativa de decretar Lei Marcial que desencadeou uma crise política generalizada no país.

O anúncio veio momentos antes de Yoon fazer um discurso nesta quinta-feira (12), no horário local, no qual justificou sua decisão controversa de Lei Marcial, rejeitando os crescentes apelos de todo o espectro político para que ele renunciasse.

O Partido do Poder Popular (PPP) inicialmente se recusou a apoiar o impeachment, esperando que Yoon renunciasse ao cargo. Mas a liderança disse que as tentativas de persuadir Yoon não fizeram progresso.

“Tentamos encontrar uma maneira melhor do que o impeachment, mas essa outra maneira é inválida”, disse o líder do partido Han Dong-hoon. “Suspender o presidente de suas funções por meio do impeachment é a única maneira, por enquanto, de defender a democracia e a república”, ele acrescentou.

O principal partido de oposição, o Partido Democrata, está preparando uma nova moção de impeachment contra Yoon, com votação esperada para este sábado (14).

No último fim de semana, Yoon sobreviveu a uma votação de impeachment depois que integrantes do PPP deixaram o parlamento e boicotaram a votação.

A reversão do PPP aumenta dramaticamente a pressão sobre Yoon e a probabilidade de que a próxima tentativa de impeachment seja bem-sucedida.

Han disse que os legisladores do partido eram livres para votar de acordo com sua “crença e consciência” na próxima votação.

“Acredito que os integrantes do nosso partido votarão pelo país e pelo povo”, ele afirmou.

O anúncio do PPP é a mais recente reviravolta dramática no que se tornou um confronto político impressionante na Coreia do Sul na semana passada.

A chocante, mas curta declaração de Lei Marcial do presidente em um discurso na noite em 3 de dezembro rapidamente saiu pela culatra e galvanizou muitos na vibrante democracia a pedir sua remoção.

Cenas dramáticas mostraram forças de segurança quebrando janelas na Assembleia Nacional para tentar impedir que os legisladores se reunissem, e manifestantes confrontando a polícia de choque.

Em apenas seis horas, o líder foi forçado a recuar, depois que os legisladores forçaram a passagem dos soldados para dentro do parlamento para derrubar o decreto.

Nos dias seguintes, Yoon enfrentou intensa pressão para se retirar, com manifestantes e figuras da oposição exigindo seu impeachment — e o apoio chegando até mesmo dentro de seu próprio partido e das forças armadas.

Mas ele permaneceu desafiador.

“Lutarei até o último momento com o povo”, disse Yoon no discurso desta quinta-feira.

“Peço desculpas novamente às pessoas que podem ter ficado surpresas e nervosas devido à curta duração da Lei Marcial. Por favor, confiem na minha lealdade apaixonada por vocês, o povo”, o presidente acrescentou.

Quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul

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