Pesquisa descobre ponto fraco de bactérias resistentes a antibióticos

As bactérias resistentes a medicamentos são uma das principais preocupações da medicina. Os especialistas acreditam que elas causarão cerca de 2 milhões de mortes por ano até 2050.

As superbactérias se proliferam especialmente em ambientes hospitalares. Para tratá-las, são necessárias medicações mais fortes que acabam tendo graves efeitos colaterais no organismo de pessoas com a saúde já debilitada.

Uma pesquisa feita por cientistas americanos e espanhóis, porém, parece ter encontrado uma forma simples de combater as bactérias resistentes sem colocar a saúde das pessoas em risco. Segundo o estudo, elas parecem ser particularmente sensíveis a ambientes com pouco magnésio.

“Descobrimos um ‘calcanhar de Aquiles’ nas bactérias resistentes a antibióticos. Embora muitas vezes pensemos na resistência aos antibióticos como um grande benefício para a sobrevivência delas, a capacidade de lidar com a limitação de magnésio em seu ambiente é mais importante para a proliferação bacteriana”, afirma o professor de biologia Gürol Süel, líder da pesquisa que identificou a limitação.

Para o médico, essa pode ser uma alternativa de tratamento para evitar a combinação de antibióticos fortes que costuma levar à morte também das bactérias benéficas do organismo, especialmente as do sistema digestivo.

Bactéria resistente a antibióticos necessita de muito magnésio para sobreviver. Ilustração da pesquisa mostra em verde os átomos de magnésio e a pouca presença deles no ambiente quando a bactéria resistente se prolifera por ele
Magnésio (em verde) é essencial para o funcionamento e proteção das bactérias resistentes a antibióticos

A disputa por magnésio nas bactérias

A ideia de testar a resistência das bactérias a diferentes ambientes nutritivos surgiu porque, embora sejam mais fortes para combater os antibióticos, elas não se tornam dominantes na natureza.

Os pesquisadores descobriram que isso tem uma relação direta com a necessidade de magnésio. O mineral é usado para estabilizar o ribossomo, estrutura de RNA que produz as proteínas das células, mas também para várias outras funções celulares.

A pesquisa descobriu que em versões mutadas da bactéria Bacillus subtilis mais resistente a antibióticos, é necessário mais magnésio para proteger seus ribossomos da ação dos medicamentos. Porém, sobra menos mineral para manter as outras funções celulares das bactérias — por isso, elas precisam retirar ainda mais nutriente do ambiente.

Os pesquisadores descobriram, portanto, que a maior fraqueza da bactéria está em uma disputa interna pelo magnésio: a batalha fica entre as necessidades básicas e a proteção extra para manter o RNA.

A descoberta fez os pesquisadores se animarem com alternativas possíveis de tratamento. “Estamos ficando sem antibióticos eficazes e seu uso desenfreado ao longo das décadas resultou na disseminação de antibióticos por todo o mundo. Alternativas sem medicamentos para tratar infecções bacterianas são necessárias e nossos dois estudos mais recentes mostram como podemos realmente atingir o controle”, conclui Süel.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!



Fonte: Metrópoles

BBB25: quem é o mais novo da edição?

A mineira Raissa Simões é a participante mais nova do Big Brother Brasil (BBB) 2025. A circense tem 19 de anos. Ela vai entrar no reality...

Petrobras obtém decisão favorável quanto à arbitragem iniciada por investidores estrangeiros

A Petrobras informou que foi proferida sentença arbitral final favorável à companhia, em uma das arbitragens que tramitam perante a Câmara de Arbitragem do...

Dólar tem leve alta na abertura com investidor avaliando dados de inflação

O dólar à vista tinha leve alta frente ao real nas primeiras negociações desta sexta-feira (10), a caminho de registrar a segunda semana consecutiva...