Os empresários Jhonny Lisboa e André Borges são tratados em inquérito da Polícia Federal como membros de uma quadrilha especializada em fraudes bancárias com objetivo de ocultar valores ilícitos. Ambos foram alvos de uma operação denominada “Sete de Ouros”, na manhã desta quinta-feira, e tiveram computadores, celulares e outros ítens apreendidos em suas residências. Lisboa e Borges são sócios da Boate Moom Club, que também foi alvo de buscas. “A ação investiga movimentações financeiras atípicas e o uso de empresas de fachada para ocultar e lavar valores ilícitos”, diz em nota a PF. Outros cinco endereços estão na lista da PF, mas os nomes não foram revelados.
Enfática na acusação de “associação criminosa cibernética”, a PF afirma que os empresários utilizavam contas de terceiros, conhecidos como “laranjas”, e estratégias sofisticadas para dificultar o rastreamento do dinheiro ilícito”. E conclui: “as pessoas físicas e jurídicas investigadas têm movimentações incompatíveis com a renda declarada”.
R$ 600 mil
Na reta final da campanha eleitoral, em outubro, quando a retirada de altos valores em contas bancárias estava sob forte suspeita, Lisboa foi detido pela PF ao deixar uma agência da Caixa Econômica Federal, em Rio Branco, portando valores estimados em R$ 600 mil. À época, após ser ouvido e liberado, o empresário, por meio de uma advogada, emitiu uma nota à imprensa, em que diz:
“O valor sacado se destinava à quitação do prédio onde funciona atualmente a Boate Moon Club, ao pagamento de funcionários e fornecedores vinculados às atividades empresariais desempenhadas pelo empresário e seus sócios”. Não há comprovação de que o empresário tenha ligações com políticos – candidatos ou não – naquela época.
“Por fim, cumpre informar que todos os valores movimentados nas empresas administradas pelo empresário encontram-se devidamente declaradas ao órgão de controle competente não havendo qualquer irregularidade”, esclareceu ele.
Sete de Ouros
A PF fez consultas à Base Nacional de Fraudes Bancárias Eletrônicas e identificou vários pagamentos, via boletos, com a utilização de recursos de contas fraudadas.
As investigações apontaram a atuação de uma
A Operação Sete de Ouros reforça o compromisso da Polícia Federal com o combate aos crimes cibernéticos e à proteção do sistema financeiro nacional.