A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (20), sete pessoas em flagrante por garimpo ilegal na região da Terra Indígena Sararé, área habitada pelo povo Nambiquara, localizada nas proximidades de Conquista d’Oeste e Pontes e Lacerda, no Mato Grosso.
A operação durou 3 dias e teve como objetivo combater a extração ilegal de ouro, inutilizar equipamentos e maquinários utilizados na prática criminosa e desocupação das áreas com a presença de garimpeiros.
Ao todo, foram inutilizados 14 escavadeiras hidráulicas, um trator modificado para trafegar na mata fechada, diversos motores estacionários, geradores de energia, dois tratores, dois caminhões e cinco motos.
Durante o trabalho de campo, ainda foram aprendidos mais 163 gramas de ouro, três armas de fogo, uma motosserra e um motor estacionário.
A solicitação da atividade policial foi encaminhada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que relatou a situação de gravidade na região de TI Sararé, com a denúncia de que centenas de garimpeiros estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro, além de outras ilegalidades.
A Polícia Federal ainda não identificou os proprietários dos maquinários para esclarecimentos dos crimes.
Território já foi palco de confronto armado
No dia 28 de setembro deste ano, agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados a tiros durante uma operação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé.
O confronto ocorreu durante a madrugada e resultou na morte de cinco garimpeiros, após serem baleados.
Na ocasião, as equipes apreenderam seis armas que estavam em posse dos suspeitos criminosos, incluindo um fuzil 556, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver, além de munições e outros acessórios.
Desde 2021, mais de 1,9 mil hectares foram degradados na busca por ouro na região. Desde 2023, o Ibama já destruiu cerca de 200 escavadeiras no local.
Este conteúdo foi originalmente publicado em PF prende 7 pessoas em flagrante por garimpo ilegal em terra indígena no MT no site CNN Brasil.