Preso mandante de crime brutal cometido pelo esquadrão da Morte no Acre

Em uma operação conjunta entre as polícias civis do Acre e de São Paulo, Sérgio Luiz Zucarelli, acusado de ser o mandante do assassinato de Edir Maria da Silva, foi preso na manhã desta sexta-feira, 27, na cidade de Registro, interior de São Paulo.

Zucarelli, foragido desde 2005, contratou integrantes do temido grupo criminoso “Esquadrão da Morte” para executar o crime, ocorrido em 15 de janeiro de 1997. A vítima, então com 38 anos, era funcionária da empresa Rondosul, de propriedade de Zucarelli, e havia ingressado com uma ação judicial contra ele, cobrando o valor de R$ 28 mil. Insatisfeito com a situação, Zucarelli encomendou o assassinato da funcionária a Raney Moreira da Silva, conhecido como “Rainê”, e Alberto Paulino da Silva, o “Cabo Paulino”.

A prisão de Sérgio Zucarelli foi possível graças a um trabalho coordenado pela equipe de investigadores da Delegacia Seccional de Policia Civil do município de Regsitro, que, em posse de mandado de prisão, organizou uma campana na manhã de hoje em uma das residências do foragido. Os agentes aguardaram pacientemente por um longo período, até que, por volta das 10h (horário de Brasília), Zucarelli saiu da residência. Nesse momento, foi realizada a abordagem e a prisão do acusado.

Na noite do crime, Edir saiu do trabalho por volta das 22h e tomou um ônibus na cidade de Rio Branco. Rainê e Cabo Paulino seguiram o veículo em um carro. Quando a vítima desceu do ônibus, foi abordada por Rainê e obrigada a entrar no carro.

Os criminosos levaram Edir até uma área de mata, onde Rainê ordenou que ela tirasse a roupa para simular outra circunstância antes de atirar em seu rosto, matando-a instantaneamente. No dia seguinte, os executores informaram a Zucarelli que “o trabalho havia sido feito”.

Sérgio Luiz Zucarelli foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de Edir Maria da Silva, mas fugiu antes de cumprir sua pena. Cabo Paulino, responsável pelo planejamento do crime, já cumpriu sua pena por homicídio, assim como Rainê, que foi o executor direto do crime.

O “Esquadrão da Morte”, do qual Rainê e Cabo Paulino faziam parte, é suspeito de ter cometido uma série de execuções e outros crimes na cidade de Rio Branco durante os anos 1990.

A prisão de Zucarelli marca um importante passo na busca por justiça para as vítimas de crimes brutais e reforça o compromisso das polícias civis do Acre e de São Paulo com o combate à impunidade, mesmo após décadas.

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