Vinho na dieta mediterrânea pode reduzir risco de doenças cardíacas

Pesquisadores sugerem que o consumo de vinho aliado à dieta mediterrânea pode oferecer uma proteção semelhante à das estatinas, medicamentos prescritos para reduzir o colesterol e prevenir doenças cardíacas.

A pesquisa, publicada nesta quarta-feira (18/12) no European Heart Journal, analisou amostras de urina de 1.232 adultos mais velhos, todos com alto risco de doenças cardiovasculares, e monitorou os participantes ao longo de cinco anos. Nesse período, foram registrados 685 casos de eventos como ataque cardíaco, derrame ou morte por problemas cardíacos.

O estudo avaliou a dieta mediterrânea, conhecida por ser rica em azeite de oliva, vegetais, frutas, nozes e peixes, além de ter baixo consumo de alimentos e bebidas processados ou doces. Para medir com precisão o consumo de vinho, os pesquisadores identificaram níveis de ácido tartárico nas amostras de urina, uma substância química derivada do vinho.

Os resultados indicaram que pessoas que consumiam entre três e 12 taças de vinho por mês tinham 38% menos risco de desenvolver doenças cardiovasculares, enquanto aquelas que bebiam entre 12 e 35 taças por mês apresentaram uma redução de risco de 50% em comparação com quem não consumia vinho.

O professor Ramon Estruch, da Universidade de Barcelona e líder do estudo, explica que a medição mais precisa do consumo de vinho foi possível ao analisar o ácido tartárico na urina, além de questionários sobre alimentos e bebidas.

“Descobrimos um efeito protetor muito maior do que o observado em outros estudos. Uma redução de risco de 50% é mais do que pode ser alcançado com alguns medicamentos, como estatinas”, escreve em comunicado à imprensa.

Estruch também comentou sobre o impacto do vinho dentro de uma dieta mediterrânea. “Até agora, acreditávamos que 20% dos efeitos da dieta mediterrânea poderiam ser atribuídos ao consumo moderado de vinho. No entanto, à luz desses resultados, o efeito pode ser ainda maior”, aponta.

Foto colorida de vinho de garrafa sendo derramado dentro de taça - Metrópoles
O vinho e as bebidas alcoólicas também pioram a enxaqueca

Excesso de vinho pode ser prejudicial

Apesar dos benefícios, o excesso de consumo de vinho se mostrou prejudicial à saúde cardíaca. O professor Estruch destaca que a idade é um fator importante quando se trata de consumo moderado. “Estudos recentes indicam que os efeitos protetores são observados a partir dos 35 anos”, explica. Ele também ressalta que o consumo moderado para mulheres deve ser sempre metade do dos homens e deve ser realizado junto às refeições.

O estudo reforça a ideia de que o consumo moderado de vinho pode ser parte de uma abordagem mais ampla e saudável, como a dieta mediterrânea. No entanto, especialistas lembram que equilíbrio e moderação são fundamentais para que os benefícios sejam percebidos sem riscos à saúde.

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Fonte: Metrópoles

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