Somente até novembro de 2024, os aportes de brasileiros em previdência privada aberta atingiram R$ 176,5 bilhões, superando os 12 meses de 2023 e toda série histórica desde a reforma previdenciária — mostra relatório da Federação Nacional da Previdência Privada (Fenaprevi) obtido com exclusividade pela CNN.
Comparando os 11 meses de 2024 com o mesmo período de 2023, o salto é de 15,4%. Os resgates também subiram: 5,1%, totalizando R$ 122,8 bilhões. Assim, a captação líquida, resultado da arrecadação dos planos subtraído dos resgates, foi de R$ 54,6 bilhões, em uma expansão de 49,6%.
Promulgada em 2019, a reforma da previdência impulsionou a busca pelos planos privados, ao elevar a idade mínima e período de contribuição necessários para aposentadoria social. De lá para cá, o único ano em que os aportes caíram foi 2020, o que pode ser explicado pela pandemia de covid-19.
Segundo a Federação, 11,2 milhões de pessoas têm previdência privada aberta no país — correspondendo a 7% da população de 18 anos ou mais no Brasil. Destes, 9 milhões estão em planos individuais e outros 2 milhões em coletivos, aqueles em que empresas contratam planos para trabalhadores, por exemplo.
Entre os produtos, o VGBL é o favorito, sendo a escolha em 63% dos planos comercializados. Em seguida está o PGBL, com participação de 22%. A diferença entre as modalidades é o formato da tributação do Imposto de Renda. Os demais 15% se referem aos planos tradicionais.
Ainda de acordo com o relatório da Federação, ao final de novembro, o setor de previdência aberta realiza a gestão de cerca de R$ 1,6 trilhão, valor que equivale a 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
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