Criminosos intensificaram a onda de ataques a ônibus em Rondônia durante a madrugada de quarta-feira (15), mesmo após o envio de apoio da Força Nacional pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Mais de 10 ônibus foram incendiados na madrugada desta quarta-feira (15). Os veículos pertencem a uma escola e a uma empresa particular em Porto Velho, segundo a Polícia Militar (PM). Durante a noite de terça-feira (14), criminosos também queimaram um carro de um morador e tentaram atear fogo em uma viatura da PM.
No interior de Rondônia, pelo menos três veículos foram incendiados entre a noite de terça e a manhã desta quarta-feira, em Ariquemes e Alto Paraíso. Porém, a polícia relata ainda não saber se há relação com os ataques ocorridos na capital.
Segundo a polícia , os ataques são retaliações à operações realizadas na segunda-feira (13) contra crimes no residencial Orgulho do Madeira, área dominada pela facção localizada na zona Leste da capital de Rondônia. No local, vivem cerca de 15 mil pessoas.
As linhas de transporte público estão suspensas desde segunda-feira (13), quando suspeitos incendiarem diversos ônibus em Porto Velho e Candeias do Jamari, cidade vizinha. A Companhia de Ônibus Municipal chegou a anunciar o retorno da frota para esta quarta-feira (15), mas voltou atrás poucas horas depois e informou novamente a suspensão dos serviços.
O governo de Rondônia solicitou, na terça-feira (14), o reforço da Força Nacional. Cerca de 60 agentes da Força Nacional foram enviados e outros devem chegar nos próximos dias. Ainda não há previsão da data em que o restante do reforço deve chegar ou sair da capital de Rondônia.
Entenda cronologicamente o caso
Nos últimos meses, diversas operações contra o crime organizado foram realizadas no Orgulho do Madeira, residencial localizado na Zona Leste de Porto Velho. Em uma das ações, um dos lideres do Comando Vermelho foi morto.
No domingo (12), o cabo da Polícia Militar, Fábio Martins, morreu com seis tiros na cabeça dentro do residencial Orgulho do Madeira, onde morava. A PM afirma que o assassinato foi uma retaliação às ações policiais. Os suspeitos também tentaram explodir um totem de segurança instalado no local.
A morte do agente desencadeou outra megaoperação no Orgulho do Madeira, iniciada na segunda-feira (13). Houve prisões e uma pessoa foi morta em confronto. A polícia não revelou a identidade da pessoa que faleceu.
Logo depois que a polícia entrou no residencial, começaram os ataques contra os ônibus.
Do G1 RO