Balança comercial tem saldo de US$ 74,5 bilhões em 2024

A balança comercial teve saldo positivo de US$ 74,55 bilhões no acumulado de 2024. Os dados foram divulgados, nesta segunda-feira (6/1), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O valor representa um recuo de 24,6% em relação a 2023, quando o saldo da balança comercial fechou o ano com um superávit recorde de US$ 98,8 bilhões. O resultado histórico foi alcançado graças aos US$ 339,7 bilhões em exportações (alta de 1,7% em comparação com 2022) e aos US$ 240,8 bilhões em importações (recuo de 11,7% no mesmo período).

Em dezembro, a balança comercial registrou superávit (quando exportações são maiores do que importações) de US$ 4,80 bilhões.

Saldo da balança comercial

A balança comercial contabiliza os valores das importações e das exportações de mercadorias. Um saldo positivo (superávit) significa que o país exporta mais do que importa, enquanto um saldo negativo (déficit) indica que o país importa mais do que exporta.

O MDIC informou que em dezembro:

  • As exportações caíram 13,5% e somaram US$ 24,90 bilhões.
  • As importações cresceram 3,3% e somaram US$ 20,10 bilhões.

No acumulado do ano, a balança registrou os seguintes dados:

  • Queda de 0,8% nas exportações, com US$ 337,04 bilhões — segundo maior valor da série histórica.
  • Crescimento de 9% nas importações, com US$ 262,48 bilhões — segundo maior valor da série histórica.

A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, explicou que a queda no preço de alguns produtos exportados pelo Brasil é o que explica esse recuo no valor das exportações.

“2024 foi um ano muito positivo para o comércio exterior brasileiro. Foi um ano em que as exportações tiveram um desempenho muito positivo”, disse ela.

Prazeres ainda destacou que o saldo comercial positivo, o segundo maior da série histórica, contribui para as contas externas do Brasil.

Exportações e importações

Em dezembro, o desempenho das exportações ocorreu devido os seguintes fatores:

  • Queda de 23,2% na agropecuária, totalizando US$ 3,98 bilhões;
  • Recuo de 34,8% na indústria extrativa, totalizando US$ 5 bilhões; e
  • Estabilidade (ou seja 0%) na indústria de transformação, totalizando US$ 15,79 bilhões.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as exportações caíram 13,5% e somaram US$ 24,90 bilhões. Por outro lado, as importações cresceram 3,3% e totalizaram US$ 20,10 bilhões.

Ainda no mesmo mês, o desempenho das importações foi motivado pelos seguintes fatores:

  • Crescimento de 25,1% na agropecuária, atingindo US$ 0,47 bilhões;
  • Baixa de 10,5% na indústria extrativa, totalizando US$ 0,80 bilhões; e
  • Alta de 3,3% na indústria de transformação, totalizando US$ 18,64 bilhões.

No acumulado do ano (de janeiro a dezembro), as exportações registram recuo de 0,8%, com saldo de US$ 337,04 bilhões.

O resultado foi influenciado:

  • pela queda de 11% na agropecuária, totalizando US$ 72,49 bilhões;
  • pelo aumento de 2,4% na indústria extrativa, totalizando US$ 80,90 bilhões; e
  • pelo crescimento de 2,7% na indústria de transformação, totalizando US$ 181,88 bilhões.

De janeiro a dezembro de 2024, o número de importações avançou 9% no Brasil, com saldo de US$ 262,48 bilhões.

Os principais fatores para esse desempenho foram:

  • Alta de 25,6% nas importações no setor da agropecuária, totalizando US$ 5,65 bilhões;
  • Aumento de 1% nas importações no setor da indústria extrativa, totalizando US$ 16,25 bilhões; e
  • Crescimento de 9,3% nas exportações no setor da indústria de transformação, totalizando US$ 238,74 bilhões.

Expectativas para 2025

O relatório do MDIC ainda detalha as expectativas para a balança comercial em 2025. Segundo os técnicos, a exportação poderá ficar entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, enquanto a importação deve variar entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.

A pasta informou que espera que o saldo positivo da balança comercial fique entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões. A corrente de comércio, por sua vez, pode variar entre US$ 580 bilhões e US$ 640 bilhões.

O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que o comércio exterior do Brasil ficará relativamente estável. “A gente não tem grandes sinalizações de grandes variações de preço de commodities, por exemplo”, disse ele.

Brandão admitiu que a taxa de câmbio certamente vai ter uma influência, mas ressaltou que ainda é incerto quanto ficará a taxa para o ano.

“Com o crescimento da economia mundial, deverá haver maior absorção de bens brasileiros, principalmente alimentos, com aumento da safra agrícola”, completou o diretor.



Fonte: Metrópoles

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