Chá de saquinho é tão bom quanto o natural? Conheça as diferenças

Chá de saquinho é tão bom quanto o natural? Conheça as diferenças

Seja quente ou gelado, o chá é uma das bebidas mais consumidas no mundo. Incluídos nas dietas tanto por seu sabor quanto por seus benefícios à saúde, os chás têm fama de serem alimentos saudáveis, mas cuidado antes de preparar a sua próxima xícara: uma mesma infusão pode ou não ser saudável a depender da forma que chega à sua caneca.

O usuário pode colher as próprias plantas para preparar seu chá, comprá-las em grandes embalagens com folhas secas ou trituradas e até adquirí-las em saquinhos individuais com poucas gramas das plantas pulverizadas. Mas, considerando os processos industriais para produzir e embalar os chás de saquinho, é possível considerá-lo tão saudável quanto os naturais?

Qual o chá mais recomendado?

De acordo com o nutricionista Leandro Rodrigues da Cunha, membro do Conselho Regional de Nutrição da 1ª Região, a qualidade dos chás varia consideravelmente de acordo com o seu processamento.

Em uma escala de recomendação feita por ele, as folhas frescas colhidas diretamente pela pessoa aparecem no topo, seguidas pelas folhas secas compradas em pacotes grandes — mesmo que o processo de secagem e armazenamento inadequado possam reduzir um pouco os seus benefícios.

Chá de saquinho: praticidade e riscos

Os chás industrializados de saquinho ocupam o último lugar. O nutricionista alerta que eles oferecem a praticidade de poderem ser preparados rapidamente e coados com facilidade, mas perdem nutrientes durante o processamento.

“Eles podem conter corantes e aditivos artificiais para a conservação, além de apresentar menor quantidade da parte da planta que contém as propriedades benéficas. Por exemplo, os nutrientes da camomila estão presentes em suas flores, enquanto no chá verde, estão nas folhas. Os produtos industrializados destes chás contém raizes, sementes e talos que não fornecem benefício algum à saúde”, alerta ele.

Além disso, como os chás apresentam as ervas já trituradas, a extração de suas propriedades fica alterada. “As formas mais pulverizadas deixam os ativos mais expostos a fatores externos, principalmente umidade, podendo comprometer a qualidade do produto bem como seu efeito fitoterápico”, explicou a nutricionista Mirella Monteiro Rodrigues em entrevista anterior ao Metrópoles.

Preocupação com microplásticos

Além das questões nutricionais, um estudo publicado em dezembro de 2024 pela Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, trouxe uma preocupação adicional sobre os chás de saquinho: a liberação de microplásticos.

Quando submersos em água quente, os sachês liberam grandes quantidades de partículas de plástico, que acabam sendo ingeridas pelo consumidor. O estudo avaliou três tipos de sachês mais populares: de nylon, celulose e polipropileno, encontrando nanopartículas em todos os casos.

As partículas liberadas durante a infusão podem comprometer a saúde a longo prazo. Dezenas de estudos nos últimos anos têm mostrado que o corpo não é capaz de processar microplásticos, acumulando-os até no cérebro.

Microplásticos vistos em imagens de microscópio

A qualidade das plantas artesanais

Para aqueles que preferem uma opção mais natural e não querem recorrer ao chá de saquinho, as folhas secas adquiridas de produtores artesanais podem ser uma boa alternativa. Produtos orgânicos, cultivados com cuidado, tendem a ter um processamento mais delicado, com menos agrotóxicos e menos degradação dos compostos ativos.

No entanto, é fundamental atentar-se à origem e ao armazenamento das ervas e observar sua qualidade antes de preparar a bebida. O nutricionista recomenda:

  • Descartar as folhas caso apresentem mofo ou sinais de umidade excessiva, como folhas amarelas;
  • Comprar preferencialmente plantas com coloração vibrante e aroma fresco;
  • Evitar beber chás com odor desagradável ou diferente do conhecido.

Como escolher o chá de saquinho mais saudável?

Se o chá de saquinho for a opção mais prática, é possível fazer escolhas mais saudáveis com um pouco de atenção. O ideal é preferir saquinhos feitos de produtos biodegradáveis, como os de amido de milho, para reduzir a liberação de plástico. Também há marcas que não utilizam corantes ou conservantes, ainda que sejam opções mais caras.

Cunha recomenda ainda verificar no rótulo a presença de selos de qualidade independentes que ajudam a garantir que o produto atenda a critérios rigorosos de produção e controle. No entanto, mesmo assim, a qualidade ainda estará aquém dos chás preparados com folhas frescas ou secas em sua forma mais pura.

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A utilização de remédios, chás para emagrecer e diuréticos sem prescrição médica pode ocasionar efeitos colaterais e gerar consequências irreversíveis e, até mesmo, fatais

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Alguns famosos medicamentos são comercializados legalmente e sem a necessidade da retenção de receita. No entanto, não significa que sejam seguros ou eficazes. Pessoas com comorbidades, como hipertensão, diabetes ou hepatite A, alergias ou que tomam outras medicações podem ter sérios problemas, mesmo com os emagrecedores mais “naturais”

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Por isso, só devem ser consumidos quando há indicação médica. Entre os riscos do uso indiscriminado estão dependência química, efeito sanfona e alterações gastrointestinais, cardíacas e renais

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A maioria desses remédios age em receptores cerebrais, reduzindo o apetite e aumentando a saciedade. Alguns também agem como diuréticos, auxiliando na eliminação de líquidos corporais

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Especialistas alertam que, além de chás e ervas não funcionarem no emagrecimento, as substâncias podem ser tóxicas para o fígado e para os rins, que são os dois órgãos do corpo responsáveis pela metabolização e excreção de substâncias e medicamentos

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Os diuréticos são medicamentos que causam aumento do volume de urina e perda urinária de eletrólitos como: potássio, sódio e magnésio, além de água. Quando consumidos em excesso causam desidratação, reduzem a pressão arterial e podem causar arritmias cardíacas

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O consumo de alguns chás pode favorecer o alívio dos sintomas de ansiedade.

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Durante o processo de emagrecimento é preciso mudar o estilo de vida e os hábitos. Por isso, é importante ser orientado por especialistas de educação física, endocrinologistas e nutricionistas

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Fonte: Metrópoles