Geração sanduíche: riscos para a saúde mental ao cuidar de pai e filho

As pessoas estão vivendo mais, o que aumenta a demanda por cuidados na terceira idade, e um fenômeno tem sido cada vez mais comum: familiares precisam conciliar a atenção aos filhos e pais idosos. Essas pessoas, que geralmente são mulheres com idade entre 30 e 50 anos, são conhecidas como a “geração sanduíche”.

“É um fenômeno que existe há algum tempo. A expressão foi criada pela assistente social Dorothy Miller nos anos 1980. São adultos de meia-idade que atuam diretamente no cuidado de diferentes gerações, como filhos, pais e, muitas vezes, netos”, conta a psicóloga Natália Silva, do Grupo Reinserir Psicologia, em São Paulo.

A psicóloga Bianca Spinola, que atua em São Paulo, destaca que o mais comum é ver mulheres assumindo esse posição dentro das famílias. “É óbvio que existem homens nessa atividade, mas é mais comum vermos mulheres ocupando simultaneamente a função de mães e cuidadoras dos pais. Elas podem ser casadas ou solteiras”, afirma.

De acordo com a especialista, o fenômeno ocorre com maior frequência entre os 30 e os 50 anos. Nessa fase, os cuidadores já se dedicaram à criação dos filhos — mas eles ainda não são independentes — e agora precisam dar atenção também aos pais, envelhecidos e com questões de saúde que carecem de dedicação.

Mulher de camisa branca cuida de idoso de camisa bege - Metrópoles
A geração sanduíche concilia os cuidados com os filhos e os pais idosos

As pessoas da geração sanduíche correm maior risco de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, devido a grande carga emocional que enfrentam diariamente.

“A gente precisa olhar para a autoestima desses cuidadores e perguntar como eles se veem nesse papel. Muitas vezes, essas pessoas perdem a possibilidade de investir na própria vida, nos próprios desejos. Isso pode levar a quadros sérios de ansiedade e até mesmo depressão”, explica Bianca.

Como encarar o processo com mais leveza

As especialistas apontam que os cuidadores de familiares devem buscar por apoio psicoterapêutico, com o acompanhamento psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico. O acolhimento contribui com o alívio da carga emocional e prevenção de maiores prejuízos à saúde mental.

Além disso, Natália sublinha que, embora muitas pessoas tenham resistência com a ideia de colocar seus familiares em casas de repouso, essa opção também deve ser considerada.

“Em um primeiro momento, quando falamos em casa de repouso, inevitavelmente vem uma estranheza, um medo. É quase como se fosse negligenciar os cuidados com os idosos. Mas esses espaços podem ser agradáveis para eles”, afirma.

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Fonte: Metrópoles

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