Homem diagnosticado com câncer de garganta revela sintoma que ignorou

O câncer é uma doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Com diferentes tipos de tumores, características e graus de agressividade, muitas vezes os sintomas são inespecíficos e podem ser facilmente ignorados.

Foi o caso do britânico Anson Mackay, de 57 anos. Após uma gripe no final de dezembro de 2019, ele notou que, mesmo após semanas, os gânglios do seu pescoço continuavam inchados. Inicialmente, ele acreditou que o sintoma fosse apenas uma consequência do resfriado, mas, pouco depois, foi diagnosticado com câncer de garganta.

“Depois do Ano-Novo, preenchi um formulário de solicitação on-line para consultar meu médico, sem esperar consulta antes de uma semana ou mais. Mas recebi uma ligação pedindo para que eu fosse ao médico imediatamente”, conta.

Em janeiro de 2020, após passar por ultrassom e biópsia, ele foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas na amígdala direita, um tipo de câncer de garganta causado pelo papilomavírus humano (HPV). O câncer já tinha se espalhado para os gânglios linfáticos do pescoço.

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e também pode ser transmitida por contato pele a pele. Segundo o NHS (sistema de saúde do Reino Unido), cerca de 80% das pessoas terão contato com o vírus em algum momento da vida, mas a maioria se protege da infecção sem complicações.

Em um blog, Anson documentou os efeitos colaterais do tratamento, como espasmos musculares, úlceras na boca e secura extrema. “Minha saliva era tão espessa que eu nem conseguia cuspir”, relata, em entrevista ao Daily Mail. Ele também enfrentou dificuldades para comer e falar, precisando se alimentar apenas de líquidos.

Volta do câncer um ano depois

Em agosto de 2020, exames mostraram que não havia mais evidências de câncer em seu corpo. No entanto, quase um ano depois, Mackay começou a apresentar dificuldades respiratórias.

Exames realizados em julho de 2021 revelaram que o câncer tinha se espalhado para ambos os pulmões, levando ao diagnóstico de câncer em estágio 4.

Mackay passou por dois anos de imunoterapia, concluídos em novembro de 2023. Após o tratamento, exames indicaram a ausência de tumores no corpo. Ele continua sob monitoramento regular para avaliar possíveis alterações.

Foto de Anson Mackay correndo. Metrópoles
Anson Mackay (a esquerda) é professor emérito da Universidade de Londres e maratonista

Importância da vacinação

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina contra o HPV é fundamental para reduzir os riscos relacionados ao vírus. No Brasil, o imunizante está disponível gratuitamente no SUS desde 2012, protegendo contra os quatro tipos de HPV mais associados aos casos de câncer.

“A vacina salva vidas”, reforça Mackay, que agora usa sua história para conscientizar sobre a importância da prevenção. A vacina é recomendada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, em dose única, além de grupos específicos, como pessoas imunocomprometidas e vítimas de abuso sexual.

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Fonte: Metrópoles

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