O Exército de Israel informou na quinta-feira (2) que suas forças especiais invadiram em setembro um local subterrâneo de produção de mísseis na Síria que estaria preparado para produzir centenas de mísseis de precisão para serem usados contra Israel pelo Hezbollah, apoiado pelo Irã.
O complexo próximo a Masyaf, perto da costa do Mediterrâneo, era “o carro-chefe dos esforços iranianos de fabricação em nossa região”, disse o tenente-coronel Nadav Shoshani a repórteres.
“Essa instalação foi projetada para fabricar centenas de mísseis estratégicos por ano, do início ao fim, para o Hezbollah usar em seus ataques aéreos contra Israel”, afirmou Nadav.
O tenente-coronel também disse que a fábrica, escavada na encosta de uma montanha, estava sendo observada por Israel desde o início da construção em 2017, e se encontrava prestes a ser capaz de fabricar mísseis guiados com precisão, alguns com alcance de até 300 km.
“Essa capacidade estava se tornando ativa, portanto, estamos falando de uma ameaça imediata”, acrescentou.
Detalhes do ataque de 8 de setembro foram relatados pela imprensa israelense, mas Shoshani disse que essa foi a primeira confirmação dos militares, que raramente comentam operações das forças especiais.
Na época, a imprensa estatal síria disse que pelo menos 16 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses no oeste do país.
Shoshani afirmou que o ataque noturno foi “uma das operações mais complexas que a forças israelenses realizaram nos últimos anos”. Acompanhada de ataques aéreos, ela envolveu dezenas de aeronaves e cerca de 100 tropas transportadas por helicópteros, ele afirmou.
“No final do ataque, as tropas desmontaram as instalações, incluindo as máquinas e os equipamentos de fabricação”, acrescentou.
O Exército divulgou imagens que mostram as tropas israelenses embarcando e desembarcando de helicópteros e se deslocando pelo que parece ser um túnel revestido de concreto e um local industrial, onde examinam documentos.
Outras imagens mostram comandantes seniores em um centro de controle, aparentemente enquanto a operação prossegue.
Autoridades israelenses acusaram o antigo governo sírio do presidente Bahar al-Assad de auxiliar o Hezbollah a receber armas do Irã e afirmam que estão determinados a interromper o fluxo de armas para o Líbano.
Com a queda do governo de Assad no final do ano passado, Israel lançou uma série de ataques contra a infraestrutura militar síria e locais de fabricação de armas para evitar que elas caíssem nas mãos de inimigos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Israel diz que suas forças especiais invadiram fábrica de mísseis na Síria em setembro no site CNN Brasil.