Lula avalia visita a acampamento do MST alvo de ataque

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, para prestar solidaridade às vítimas do ataque ao ao assentamento Olga Benário em Tremembé, no interior de São Paulo. Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas.

Na ligação, segundo apurou a CNN, Lula informou que deve visitar o assentamento. A data, entretanto, não foi definida. O presidente também mencionou que solicitou a Polícia Federal (PF) que investigue o caso.

No último sábado (11), o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a PF instaure um inquérito para investigar o ataque ao assentamento Olga Benário. De acordo com a pasta, uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.

O presidente Lula enviou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para acompanhar as investigações. Em entrevista à CNN, Teixeita disse que o ataque tem relação com o crime organizado.

Segundo o ministro, a motivação foi um lote, envolvido na reforma agrária e utilizado pelo movimento, que era cobiçado por criminosos.

“Um dos lotes virou uma cobiça do crime organizado, que queria aquele lote para si, e na supervisão ocupacional colocou aquele lote para ser usado por uma agricultora, e eles, então, queriam utilizar aquilo para prática de crimes”, disse.

Após o ataque, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que irá reforçar a proteção de movimentos sociais. A pasta informou também que oferecerá assistência para as lideranças do assentamento atacado.

“O grave ataque contra o assentamento do MST e o assassinato de duas lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de Segurança Pública e as redes de proteção, definindo as responsabilidades e o tipo de dinâmica e relacionamento para garantir a proteção das defensoras e dos defensores de direitos humanos”, disse o Ministério dos Direitos Humanos em nota.

Mortes

O ataque deixou duas pessoas mortas e outras seis feridas. Gleison Barbosa, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, de 52, morreram no local. Anteriormente, o MST havia informado que o ataque ocasionou três mortes, sendo uma delas após um período de internação. Mais tarde, o Movimento recuou, destacando o total de duas vítimas fatais.

As demais vítimas foram hospitalizadas no Hospital Regional de Taubaté e no Pronto Socorro de Tremembé. Um dos feriados está em estado “muito grave”, segundo o MST.

De acordo com o MST, os atiradores entraram no Assentamento Olga Benário com cinco carros e duas motos. Um homem foi abordado no local e preso em flagrante por porte ilegal da arma, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

Em nota, o MST afirma que “o local enfrenta uma intensa disputa com a especulação imobiliária voltada para o turismo de lazer, devido à sua localização estratégica na região do Vale do Paraíba”.

O movimento informou também que as famílias assentadas sofrem ameaças constantes, mesmo após denúncias às autoridades.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Lula avalia visita a acampamento do MST alvo de ataque no site CNN Brasil.

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