Métodos para acelerar o metabolismo realmente fazem diferença?

Na internet, é comum encontrar inúmeras dicas que prometem acelerar o metabolismo, desde alimentos específicos até hábitos cotidianos. Mas será que essas estratégias realmente funcionam e trazem resultados concretos?

O metabolismo é o conjunto de processos químicos e biológicos que o corpo realiza para transformar alimentos em energia, essencial para manter funções vitais como respiração, circulação sanguínea e regulação da temperatura.

A ideia de acelerar o metabolismo geralmente está associada ao aumento do gasto energético, o que pode contribuir para a perda de peso ou maior disposição. Especialistas ouvidos pelo Metrópoles esclarecem o que é mito e o que realmente funciona entre as práticas mais populares. Confira:

1 – Beber água com limão em jejum acelera o metabolismo?

A prática de consumir água com limão em jejum é frequentemente divulgada como uma forma de acelerar o metabolismo e ajudar na perda de peso. Porém, o nutrólogo Matheus Azevedo, que atua em Brasília, aponta que a relação direta entre a ingestão da bebida e o aumento do gasto energético não tem respaldo científico

“O consumo de água com limão em jejum não acelera o metabolismo nem promove o emagrecimento diretamente”, diz o especialista. No entanto, ele destaca os benefícios que o limão pode trazer à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico devido à alta concentração de vitamina C e antioxidantes.

Já a nutricionista clínica e funcional Andrea Ferrara, da Clínica Bottura, em São Paulo, ressalta que, apesar de não promover emagrecimento, a água com limão tem outros benefícios. “A água auxilia na hidratação e contribui com a digestão — especialmente das gorduras —, além de ajudar no controle glicêmico após as refeições”, observa.

Foto de mulher espremendo suco de limão - Metrópoles
Água com limão

2 – Tomar água gelada faz o corpo gastar mais energia?

A ingestão da água gelada  é frequentemente apontada como uma forma de acelerar o metabolismo. A justificativa seria o esforço que o organismo faz para aquecer o líquido até a temperatura corporal. Contudo, o nutrólogo explica que o efeito termogênico gerado por essa prática é bastante limitado.

“O consumo de água gelada pode, de fato, gerar um pequeno gasto energético, pois o organismo precisa trabalhar para aquecer a água até a temperatura corporal. No entanto, esse impacto é mínimo e, isoladamente, não é suficiente para promover a perda de peso.”, explica Matheus Azevedo.

Segundo ele, o real benefício da água gelada está na manutenção da hidratação, essencial para o funcionamento metabólico e controle do apetite.

3 – Exercício em jejum aumenta a queima de gordura?

Segundo o nutricionista Guilherme Rodrigues Miranda Lopes, do grupo Mantevida, o exercício em jejum pode ajudar na queima de gordura, especialmente em atividades de baixa intensidade, como caminhadas ou corridas leves. “Para exercícios mais intensos, no entanto, é fundamental uma alimentação adequada, pois o jejum pode resultar em fraqueza, tontura e até acidentes”, alerta.

Ele enfatiza que, para a maioria das pessoas, os exercícios intensos em jejum não são recomendados, especialmente para quem tem condições como diabetes.

Por outro lado, a nutricionista Carla de Castro, da Clínica Sallva, em Brasília, afirma que o exercício em jejum não resulta em um aumento significativo na queima de gordura.

“O aumento da queima de gordura é muito pequeno e não justifica os benefícios”, diz. Carla destaca que para otimizar os resultados, o ideal é treinar alimentado, já que isso pode oferecer mais benefícios para o desempenho esportivo.

4 – O jejum intermitente pode “resetar” o metabolismo?

Segundo Matheus, não. O jejum intermitente não “reseta” o metabolismo nem oferece benefícios metabólicos superiores aos de uma dieta balanceada

“Ele pode ser útil para pessoas que têm dificuldade em se alimentar durante o dia, mas é importante evitar longos períodos sem comer para prevenir problemas como gastrite, dores de cabeça, estresse e episódios de compulsão alimentar”, finaliza.

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Fonte: Metrópoles

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