O aparecimento de uma mancha escura e fina na unha, em 2017, mudou a vida da inglesa Kelly Heather, 38 anos. Depois de vários exames, ela descobriu que a pequena alteração era o primeiro sintoma de um câncer de pele agressivo.
Kelly buscou ajuda profissional assim que reparou a mancha na unha, porém, as primeiras análises não revelaram a real gravidade do problema. Três meses depois, a mancha passou a ficar mais escura e grossa e uma biópsia mostrou que a inglesa tinha melanoma, uma das formas de câncer de pele mais sérias.
O câncer de pele pode aparecer em qualquer parte do corpo, na forma de manchas, pintas ou sinais, como foi o caso de Kelly. Existem dois subtipos da doençae: melanoma e não melanoma. O primeiro é considerado o mais grave devido à alta possibilidade de evoluir para metástase.
Ele é mais frequente em adultos brancos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Nos indivíduos de pele negra, o melanoma é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.
Câncer de Kelly Heather evolui
Após o diagnóstico de melanoma, Kelly passou por cirurgia e foi informada pela equipe médica de que o procedimento havia sido um sucesso. Mas seis meses depois, uma lesão parecida com uma verruga surgiu na ponta do dedo da inglesa, indicando um possível retorno do câncer.
Como forma de prevenção, os médicos decidiram amputar parte do dedo da paciente. “Eu disse ‘façam o que for preciso’. Eu prefiro isso do que o câncer se espalhar para qualquer outro lugar”, contou a inglesa ao jornal britânico Daily Mail.
Depois da operação, Kelly solicitou novos exames para garantir que não havia mais nenhum sinal de câncer em seu corpo, porém teve o pedido recusado pelo hospital. Dois anos depois, o surgimento de um caroço na axila tirou o chão da inglesa novamente.
Novas análises comprovaram o retorno do câncer nos linfonodos, pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nocivas ao corpo, incicando a evolução da doença para melanoma metastático.
Kelly passou por uma grande cirurgia, na qual removeu 20 gânglios linfáticos, e um ano de tratamento com imunoterapia. Exames indicaram que a doença tinha sido erradicada mais uma vez.
Gravidez em meio ao câncer
Em abril de 2024, a inglesa foi informada que não precisaria mais do tratamento porque o câncer estava em remissão. Porém, no período em que estava grávida, Kelly voltou a se sentir mal. Novas investigações constataram a presença de um tumor no cérebro, com o mesmo perfil genético do câncer de melanoma inicial.
Dias depois de dar a luz ao quarto filho, Kelly passou por uma cirurgia no cérebro para a retirada o tumor. Agora, ela segue a recuperação ao lado da família, com pensamento positivo de que irá superar mais esse obstáculo.
“Eu me pergunto o que teria acontecido se tivesse feito aquele exame que implorei anos atrás”, lamenta.
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Fonte: Metrópoles