Na ONU, Israel defende ataque a hospital em Gaza; chefe de direitos humanos pede investigação

Durante sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Israel defendeu seu ataque a um hospital no norte de Gaza na sexta-feira (3), enquanto o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, classificou a justificativa como “vaga e ampla”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pede a libertação do diretor do hospital.

Turk disse que tinha acabado de receber uma carta de Israel afirmando que o Hospital Kamal Adwan — que foi invadido há uma semana — havia sido militarizado por militantes palestinos do Hamas e que as forças israelenses “tomaram medidas extraordinárias para proteger a vida civil, agindo com base em informações confiáveis”.

“Ainda assim, Israel não forneceu informações suficientes para substanciar muitas dessas alegações, que são frequentemente vagas e amplas. Em alguns casos, elas parecem ser contraditas por informações publicamente disponíveis”, disse Turk ao Conselho de Segurança da ONU.

“Estou pedindo investigações independentes, completas e transparentes sobre todos os ataques israelenses a hospitais, infraestrutura de saúde e pessoal médico, bem como o suposto uso indevido de tais instalações”, disse ele ao órgão de 15 membros.

O vice-embaixador de Israel na ONU, Jonathan Miller, disse que mais de “240 terroristas foram presos, incluindo 15 que participaram do massacre de 7 de outubro” no sul de Israel em 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza. O diretor do hospital, Hussam Abu Safiya, também foi detido na operação.

“Nós suspeitamos que ele seja um agente do Hamas, já que centenas de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica estavam escondidos dentro do Hospital Kamal Adwan sob sua administração. Ele está atualmente sendo investigado pelas forças de segurança israelenses”, disse Miller.

A Organização Mundial da Saúde está profundamente preocupada com Abu Safiya, disse o representante da OMS no território palestino ocupado, Richard Peeperkorn.

Os Estados Unidos estão em contato com o governo israelense e parceiros no local sobre Abu Safiya, e estão coletando informações, disse Dorothy Shea, vice-embaixadora dos EUA na ONU, ao Conselho de Segurança.

Riyad Mansour, enviado palestino da ONU, se emocionou no Conselho de Segurança ao citar o Dr. Mahmoud Abu Nujaila, da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). A MSF disse que Nujaila foi morto em um ataque ao Hospital Al Awda, no norte de Gaza, em novembro de 2023.

Mansour disse que Nujaila havia escrito em um quadro branco de hospital usado para planejar cirurgias: “Quem ficar até o fim, contará a história. Fizemos o que pudemos. Lembrem-se de nós.”

Este conteúdo foi originalmente publicado em Na ONU, Israel defende ataque a hospital em Gaza; chefe de direitos humanos pede investigação no site CNN Brasil.

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