O que é “DEI”, programa de diversidade que Trump pôs fim nos EUA

Nos Estados Unidos, havia uma ampla gama de programas e políticas voltadas a grupos que, historicamente, teriam sido sub-representados ou enfrentaram discriminação. Essas ações e programas eram conhecidas sob a sigla “DEI” (Diversidade, Igualdade e Inclusão, na sigla em inglês) ou DEIA (Diversidade, Igualdade, Inclusão e Acessibilidade, na sigla e inglês).

Isso pode incluir políticas de contratação e promoção, treinamento no local de trabalho sobre “preconceito inconsciente”, auditorias de equidade salarial, programas de mentoria e estágios, eventos sociais patrocinados pelo empregador e muitas outras iniciativas.

Algumas políticas DEI são projetadas para abordar a discriminação histórica, garantindo que as decisões em toda a empresa sejam baseadas inteiramente no mérito e não em preconceitos existentes.

Empresas têm focado na diversidade de sua força de trabalho por décadas, mas as iniciativas contemporâneas de DEI cresceram nos EUA após os protestos nacionais em 2020 sobre mortes de pessoas negras por policiais.

Exemplos das práticas de Diversidade, Igualdade e Inclusão

Um exemplo de prática “DEI” é eliminar preferências por candidatos que frequentaram universidades de elite.

Algumas empresas também oferecem oportunidades para grupos específicos de trabalhadores, como programas de treinamento para mulheres ou estágios para trabalhadores negros ou hispânicos.

Exemplos de programas DEI em grandes agências federais nos EUA incluem o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Escritório de Oportunidades Iguais de Emprego, Diversidade e Inclusão, e o Escritório de Direitos Civis e Política de Oportunidades Iguais do Departamento de Defesa.

A CNN analisou anteriormente os orçamentos propostos de 20 agências federais.

Embora elas tenham citado iniciativas de diversidade nos pedidos de orçamento do ano fiscal de 2024 e do ano fiscal de 2025, nem todas detalharam explicitamente as despesas de DEI.

Donald Trump coloca fim no programa

Logo na segunda-feira (20), dia da posse, Trump assinou uma ordem executiva proibindo programas DEI. Ele também encerrou a utilização dessas políticas em contratações e contratos federais.

Críticos dos programas DEI afirmam que eles são discriminatórios e tentam resolver a discriminação racial deixando outros grupos em desvantagem, particularmente os americanos brancos.

Especialistas e outras pessoas que apoiam esses programas pontuam, por sua vez, que a prática foi politizada e é mal compreendida.

Além disso, na terça-feira (21), o Gabinete de Gestão de Pessoal do governo americano emitiu um memorando instruindo as agências federais a notificar os funcionários de programas DEI até as 19h, no horário de Brasília, de quarta-feira (22) que eles estavam sendo colocados em “licença administrativa imediatamente”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em O que é “DEI”, programa de diversidade que Trump pôs fim nos EUA no site CNN Brasil.

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