A ora-pro-nóbis (OPN) está em alta na dieta da população que procura uma alimentação balanceada. Ela já era consumida em algumas partes do Brasil, porém passou a ser mais popular ainda devido aos seus vários benefícios: ela pode melhorar o funcionamento do intestino e ajudar no emagrecimento e fortalecimento no sistema imunológico, por exemplo.
Isso ocorre devido ao alto teor proteico e os nutrientes do alimento. Apesar disso, existem dúvidas quanto ao consumo seguro das variedades da planta. Uma das principais questões é sobre se a ora-pro-nóbis pode ser tóxica se consumida crua. Em entrevista recente ao Metrópoles, a farmacêutica especializada em fitoterapia Angela Xavier, de Goiânia, explicou que as folhas são versáteis.
“Podemos comer sim a ora-pro-nóbis crua, inclusive ela é bastante usada em saladas e tem um sabor suave que harmoniza com outras hortaliças”, comentou.
Cuidados com a ora-pro-nóbis
Os benefícios da OPN são grandes, mas deve-se ter atenção com as quantidades de consumo da folha. Por exemplo, as folhas da variedade rosa (Pereskia grandifolia) são muito ricas em oxalato, uma substância que não é tóxica, mas dificulta a atividade dos rins e do intestino quando consumida em exagero.
Para evitar isso, é recomendado lavar as folhas antes de comer, pois a simples atitude já diminui a concentração do oxalato. Além disso, cozinhá-las praticamente elimina toda a substância. Pessoas com histórico de problemas nos rins devem dar preferência ao consumo das folhas cozidas.
A indicação é ingerir cerca de 100 gramas da planta diariamente, o que equivale a cerca de 40 folhas.
Chá de ora-pro-nóbis
Além disso, quem preferir não comer a folha na salada pode degustar um chá de ora-pro-nóbis. Em conversa anterior com o Metrópoles, a nutricionista Anna Paula Abreu, do Hospital DF Star, em Brasília, indicou como fazer a bebida.
“Para quem vai fazer o chá, recomendo que sejam ingeridas duas xícaras por dia da bebida, que deve ter sido preparada com cinco folhas para cada 300 ml de água ou cerca de duas colheres de chá para quem usa as folhas secas e desidratadas”, ensinou.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Fonte: Metrópoles