Posse consolida poder de Maduro, mas amplia isolamento internacional

Nicolás Maduro assumiu na sexta-feira (10) o terceiro mandato como presidente da Venezuela. A cerimônia consagra a escalada autoritária do regime bolivariano, que está cada vez mais isolado na comunidade internacional. 

No evento, o presidente venezuelano prometeu reformar a constituição e acusou os Estados Unidos de interferência no processo democrático do país.

Segundo o governo venezuelano, representantes de mais de 120 estavam no evento. Ainda assim, os únicos chefes de Estado que compareceram à cerimônia foram Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Daniel Ortega, da Nicarágua. 

A embaixadora Glivânia Maria de Oliveira representou o governo brasileiro na posse. 

“A Venezuela conta com os países que não se aliam à comunidade internacional liderada por Washington. O que coloca o Brasil numa situação ingrata na qual se distancia da Venezuela pela questão democrática, mas tenta não perder totalmente o laço porque é impensável para o Brasil que Rússia e China tenham mais influência no seu próprio quintal“, afirma Felippe Ramos, analista de política internacional.

O terceiro mandato de Maduro começa com uma grave crise de legitimidade. 

Dentro da Venezuela, pesquisas de opinião mostram que a maioria dos eleitores não reconhece o resultado da eleição. 

Na comunidade internacional, dezenas de países afirmam que o opositor Edmundo González foi o vencedor da disputa. O Brasil segue um caminho do meio. Diz que não é possível confirmar o resultado das urnas, mas que ainda assim vai manter laços diplomáticos e comerciais com Caracas. 

A líder da oposição, María Corina Machado, divulgou um vídeo em que afirma que o governo de Maduro está perto do fim. E classificou o aumento do aparato policial em Caracas como um símbolo do medo de um levante popular.

“Hoje, 10 de janeiro, Maduro consolida um golpe de Estado. Diante dos venezuelanos e do mundo, decidiram cruzar a linha vermelha que oficializa a violação à constituição nacional. Pisoteiam a nossa constituição”. 

A gestão Maduro ainda tenta se recuperar de uma grave crise financeira que atinge o país desde 2016, quando o preço do petróleo derreteu no mercado internacional e desorganizou a economia venezuelana, altamente dependente da extração de combustíveis fósseis. 

A falta de investimentos no setor agrava ainda mais esse cenário. E a capacidade produtiva da nação com a maior reserva de hidrocarbonetos do mundo segue num patamar historicamente baixo.

A derrocada econômica é responsável por uma crise humanitária que gerou quase 8 milhões de refugiados em menos de uma década.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Posse consolida poder de Maduro, mas amplia isolamento internacional no site CNN Brasil.

Khloé Kardashian lança podcast e Scott Disick abre o jogo sobre os vícios

Khloé Kardashian lançou seu podcast “Khloé in Wonder Land”. Nele, semanalmente ela vai conversar com um convidado relevante da indústria. E teve como primeiro...

BBB 25: Gracyanne Barbosa faz carta aberta para escola de samba

Confinada para o “BBB 25”, da TV Globo, Gracyanne Barbosa deixou uma carta aberta para a escola de samba Camisa Verde e Branco. Como...

Quem é Pastor Henrique Vieira, que concorre à presidência da Câmara

Em seu primeiro mandato na Câmara, o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) concorre à presidência da Casa Legislativa. Vieira tem o apoio apenas de seu...