É impressionante como o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, valoriza e tem “queda” por assediadores e importunadores sexuais contra mulheres, muito embora alimente o suspeito discurso de promoção à Pátria, à família e os bons costumes. A última dele: agiu em flagrante ilegalidade ao escolher, por meio de contrato de trabalho, para coordenador do Escritório da Amac em Brasília o general Ubiratan Poty, aquele que foi defenestrado da coordenação do Programa Calha Norte (vinculado ao Ministério da Defesa) por denúncia de assédio sexual contra uma servidora, e está respondendo a esse processo criminalmente.
A exoneração foi ordenada pelo presidente Lula. Poty esteve no Acre em janeiro de 2024, quando visitou obras ao lado do prefeito e recebeu honrarias da Assembléia Legislativa. Em 2021, ele comeu baixaria numa recepção também custeada com dinheiro público, promovida pelo prefeito.
O cargo era ocupado há tempos por Regina Maia, um acreana natural de Cruzeiro do Sul, cujo desempenho é elogiado pelos gestores municipais.
Armindo Nunes de Medeiros Júnior, ex-coordenador-geral de engenharia do mesmo programa, também perdeu o cargo pelos mesmos motivos.
A pergunta que se faz: os demais prefeito concordam com isso?
Poty foi exonerado do posto em julho, após denúncias de abuso sexual contra uma funcionária terceirizada. O crime teria ocorrido durante viagem oficial a Manaus, entre 15 e 19 de julho deste ano.
Segundo a denúncia, a funcionária terceirizada teria sido abusada no decorrer de um jantar com autoridades locais para celebrar o fim da visita, um dia antes de a delegação retornar para Brasília. Poty exerceu diversas funções de destaque, incluindo a de comandante de batalhões de infantaria de selva e o posto de adido militar no Uruguai. Com vasta experiência em operações na Amazônia, o militar também atuou como chefe do Centro de Inteligência do Exército e da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, além de ter servido na Missão de Verificação de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em Angola.