Que irônico! Odiado no parlamento, com fama de “fuxiqueiro” e intolerante, vereador derrotado deve assumir Ação Social

O ex-líder do prefeito Tião Bocalom não renovou o mandato, por razões fartamente sabidas. Gerou descontentamento popular ao trazer para Rio Branco uma pauta doentia (e fracassada ao tentar proibir crianças acompanhadas dos pais em eventos GLBT; foi desmascarado após levar à Casa Civil o que seus pares chamaram de “fuxico” (sobre os bastidores da câmara Municipal envolvendo opositores do prefeito), e ainda se indispôs com membros do Ministério Público.

João Marcos Luz, o primeiro a filiar-se ao partido de Bolsonaro quando o ex-presidente esteve no Acre, antes das eleições, ainda assim pode ser nomeado secretário de Ação Social. É o mais cotado para a pasta, segundo confidenciaram dois assessores da prefeitura. “Hoje seria ele”, disse um deles. “Não sei daqui a alguns dias”, disse o outro.

O ex-vereador, egresso dos quadros da RBtrans, foi flagrado à porta de uma badalada boate, com carro alugado pela Câmara e abastecido pelo contribuinte, em bebedeira, na madrugada – episódio que lhe rendeu um dos desgastes morais mais barulhentos do parlamento mirim. Passou vergonha quando a juíza Elisa Menezes Aires do Rego, da Vara Estadual de Garantias, mandou que ele removesse vídeo de sua autoria convocando seguidores da Internet a fiscalizarem crianças na Parada Gay. Responde ação criminal por ameaçar o fotógrafo Daniel Cruz, as quem chamou de vagabundo por não aceitar críticas á gestão do prefeito.

Luz não teria interesse em voltar à autarquia que controla o trânsito na capital. Sua vontade é emplacar cargo superior a isso, como meio de provar prestígio junto ao prefeito e minimizar a vergonha de não ter sido reeleito.

Exige compor o primeiro escalão, muito embora numa secretaria pouco visível, de baixo orçamento, mas estratégica para formação de redutos eleitorais. De temperamento agressivo, discursos fora das 4 linhas constitucionais e às vezes em tom homofóbico, o ex-parlamentar, se nomeado, terá a missão de cuidar daqueles contra os quais foi intolerante.

Um ex-político que paga por ter fechado as portas para a humildade, por sua ideologia bolsonarista crônica e destemperada.

E por se dar uma importância que jamais teve para o bem estar do povo.

 

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