Os seis vereadores do progressista em Rio Branco pedirão ao prefeito da cidade que o pastor Paulo Machado, vulgo “espalha lixo”, seja exonerado da Secretaria de Educação. O evangélico ocupa o cargo de secretário interinamente.
O vice-prefeito, Alysson Bestene, não comentou a decisão do grupo, mas se sentiu extremamente incomodado com denúncias segundo as quais Paulo Machado tem perseguido servidores e desgastado a gestão promovendo mudanças em tom de autoritarismo nas escolas. Muitos servidores foram removidos das instituições de ensino onde trabalhavam há anos e substituídos por pessoal fora da educação, segundo denúncia da imprensa local nesta quarta-feira.
A bancada do PP, a maior do parlamento, teria tomado a decisão em consenso, segundo uma fonte da legenda ouvida pela reportagem instantes atrás.
Alysson deve ser nomeado secretário de Educação nas próximas horas, por um acordo do prefeito com o governador Gladson Cameli, e tem a intenção de dar continuidade à bem avaliada gestão de sua tia, a professora Nabiha Bestene.
Também pegou muito mal a declaração de Bocalom, de que não aceitaria, “de forma nenhuma”, o retorno de Nabiha Bestene à administração municipal. Ele respondeu a imprensa num tom vingativo e desrespeitoso.
Nabiha, ex-secretária da Seme, tem recebido solidariedade enquanto permanece discreta e não comenta as atitudes do prefeito de Rio Branco.
A professora havia alertado o prefeito sobre um colapso na educação com a demissão de 547 servidores, em sua maioria professores e mediadores de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Bocalom assumiu o desgaste na época, mas não aceitou admitir que errou, manteve Nabiha no cargo para atrair o apoio do governo.