Saúde em dia, planos futuros e 50 anos de carreira: Jorge Aragão abre o coração

Se uma pessoa que pode servir de sinônimo para o samba este alguém é Jorge Aragão! Em entrevista ao portal LeoDias, o sambista e compositor falou sobre sua trajetória na música e sobre os problemas de saúde recentes. O cantor também revelou que tem planos para comemorar os 50 anos de carreira em grande estilo.

Razão para tamanho sucesso 

Além de músicas que ficaram nacionalmente conhecidas em sua voz, como “Eu e Você Sempre”, Jorge Aragão ficou reconhecido no meio musical por compor músicas para vozes como Elza Soares, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila. O sambista falou um pouco sobre o “segredo” para fazer grandes composições: “Sempre estar escrevendo algo”.

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Reprodução/Instagram
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“Veja bem, desde que eu me entendo como gente eu já estava escrevendo alguma coisa. Eu nunca percebi que o que estava fazendo seria uma coisa longeva. E sempre foi muito legal, porque sempre foi naturalmente musical”, descreveu.

Em 50 anos de carreira, Aragão revelou que só tomou a real proporção de seu sucesso através das redes sociais: “Eu não tinha muita noção dessa coisa de público, por exemplo, eu tocava num barzinho em Copacabana, e às vezes tinha um casal só lá dentro namorando e eu tocando, fazendo voz e violão. E quando eu parava para beber água que eles perguntavam porque parou? Eu estava achando que aquilo era só para alimentar mesmo esse ambiente. Mas muitas coisas aconteceram na minha vida e eu sempre achei que tive aquilo que mereço. Sempre gostei que fosse desse jeito. Não era que eu tivesse procurando mais não. Talvez por isso a longevidade da minha carreira. Agora pelas redes sociais, que a gente vai tomando conhecimento das coisas.”

Turnê “Sambazin do Jorge”, 50 anos de carreira e saúde

Atualmente, Jorge Aragão está em turnê com seu projeto “Sambazin do Jorge”, mas o sambista já tem planos para um projeto especial aos 50 anos de carreira. O cantor adiantou que seu principal plano é se reinventar.

“Nós temos estamos trabalhando em alguns projetos de comemoração aos meus 50 anos de carreira e seguimos a todo vapor. É o momento em que eu tenho de me reinventar, e todos os que estão à minha volta pensam dessa maneira. Com certeza, daqui a pouco tudo será realidade. E se eu puder expandir muito mais o que é meu, em musicalidade, eu vou buscar fazer isso”, destacou.

O cantor deixou claro que por mais que esteja em seus planos buscar novas representatividades, não há mais nada que precise para viver feliz: “Sobrevivi, né”.

“Buscar mais representatividade em todo canto, porque já não é mais para mim. Já me basta o que eu tenho, muito, muito, muito. Eu não preciso mais de nada para continuar vivendo feliz e em paz. Eu sobrevivi, né, então tudo o que vou fazer agora é para deixar para vocês”, destacou.

Jorge Aragão também comentou sobre os problemas de saúde recentes. Em 2022, o cantor descobriu um câncer: um linfoma não hodgkin. No entanto, no final de 2023, Aragão anunciou a remissão completa da doença.

Ainda assim, o câncer não foi a única doença que afetou o sambista, Aragão sobreviveu a uma internação por conta de Covid-19 em 2021, e foi internado às pressas no final do ano passado para remover a vesícula biliar.

Mas, mesmo com todos os troblemas, o cantor garante: a saúde está em dia e o veremos ainda por muitos anos nos palcos! “Sigo sobrevivendo e sendo feliz e realizado! Meu maior desejo é viver, ser longevo, com saúde plena. É o que o vovô aqui espera! (risos) Quero seguir compondo e cantando. Tenho muita coisa ainda para viver e quero muito poder aproveitar enquanto estou aqui”.

“Costumo dizer que não tenho muito o que pedir para Deus. Eu quero escrever e cantar, só isso”.

A “morte” do samba e a nova geração

O sambista também falou um pouco sobre a reinvenção do samba e sobre a nova geração de artistas que está surgindo no cenário nacional.

“Olhando para o passado, a gente está sempre com a mão no futuro. Tem uma garotada hoje aí cantando Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, num sinal de reconhecimento às nossas raízes. E fico muito feliz com isso, porque o samba para mim é como se eu tivesse só a carne e alguém viesse colando a minha pele de cima a baixo”, destacou Jorge Aragão.

O cantor também destacou alguns nomes da nova geração da música brasileira que faz seus olhos brilharem: “Eu vejo que tem muita gente boa hoje no mercado fazendo música de qualidade. Recentemente lancei o meu Projeto Identidade, onde dialoguei com a garotado rap e do trap, como L7nnon, Xamã, Djonga, Emicida e outros. E tem muitos outros também”.

Leia a entrevista completa

Este é o ano que você completa incríveis 50 anos de carreira. Desde às rodas de sambas de fundo de quintal em Padre Miguel, seu bairro de origem na Zona Oeste do Rio de Janeiro, dono de uma caneta inigualável, sendo responsável por compor músicas para alguns dos maiores intérpretes do samba como Beth Carvalho, Alcione, Elza Soares, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila e dono de hits que são ouvidos até hoje no país inteiro como “Eu e Você Sempre”, o que você atribui tanto sucesso em sua trajetória?

Veja bem, desde que eu me entendo como gente eu já estava escrevendo alguma coisa. Eu nunca percebi que o que estava fazendo seria uma coisa longeva. E sempre foi muito legal, porque sempre foi naturalmente musical.

Eu não tinha muita noção dessa coisa de público, por exemplo, eu tocava num barzinho em Copacabana, e às vezes tinha um casal só lá dentro namorando e eu tocando, fazendo voz e violão. E quando eu parava para beber água que eles perguntavam porque parou? Eu estava achando que aquilo era só para alimentar mesmo esse ambiente.

Mas muitas coisas aconteceram na minha vida e eu sempre achei que tive aquilo que mereço. Sempre gostei que fosse desse jeito. Não era que eu tivesse procurando mais não. Talvez por isso a longevidade da minha carreira.

Agora pelas redes sociais, que a gente vai tomando conhecimento das coisas. E é muito louco, porque você vive a vida do compositor e o compositor não é o Business, não é estar sempre nos holofotes. O compositor ele é feliz, quando ele sabe que fez o trabalho dele e aqui foi embora.

E talvez por isso, também, seja difícil atribuir a uma única coisa tudo que me aconteceu até aqui.

É difícil, principalmente, porque passou para mim de uma forma tão natural. Parece tão normal quanto fazer uma comida ou fazer o seu trabalho, seja o que for. Claro, que é um trabalho também diferenciado porque o mesmo tempo que é um trabalho, é também o lazer. Quando saio para trabalhar, saio para encontrar pessoas sorrindo, dançando, se emocionando… então é tão tranquilo isso e ao mesmo tempo me traz tanta felicidade, que 50 anos passam e a gente nem percebe e não consegue mensurar exatamente o que você fez nesse tempo todo, apenas faz.

– Atualmente você está em turnê no projeto “Sambazin de Jorge” desde outubro do ano passado. Após a turnê, podemos esperar alguma novidade ou vai aproveitar para descansar?

Nós temos estamos trabalhando em alguns projetos de comemoração aos meus 50 anos de carreira e seguimos a todo vapor. É o momento em que eu tenho de me reinventar, e todos os que estão à minha volta pensam dessa maneira. Com certeza, daqui a pouco tudo será realidade. E se eu puder expandir muito mais o que é meu, em musicalidade, eu vou buscar fazer isso. Buscar mais representatividade em todo canto, porque já não é mais para mim. Já me basta o que eu tenho, muito, muito, muito. Eu não preciso mais de nada para continuar vivendo feliz e em paz. Eu sobrevivi, né, então tudo o que vou fazer agora é para deixar para vocês.

– Muito se debateu nos últimos anos sobre a “morte do samba”. No entanto, de alguns anos para cá, é possível ver um ressurgimento do gênero, seja pela volta da popularidade das rodas de samba pelas cidades, seja pela popularização do pagode. A o que você atribui essa nova fase?

Olhando para o passado, a gente está sempre com a mão no futuro. Tem uma garotada hoje aí cantando Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, num sinal de reconhecimento às nossas raízes. E fico muito feliz com isso, porque o samba para mim é como se eu tivesse só a carne e alguém viesse colando a minha pele de cima a baixo. Ele é a maneira como eu me apresento hoje para o mundo. O samba é minha identidade, o samba é meu sorriso, o samba é minha letra… Só não vou dizer que o samba é o ar que eu respiro porque seria muito piegas (risos). Sua importância, na favela ou em qualquer lugar, é a mesma que dou a minha raça. Ele é primordial. E acima de tudo, minha defesa também.

– Qual dos nomes da nova geração você mais gosta e acredita?

Eu vejo que tem gente boa hoje no mercado fazendo música de qualidade. Recentemente lancei o meu Projeto Idenmuita tidade, onde dialoguei com a garotado rap e do trap, como L7nnon, Xamã, Djonga, Emicida e outros. E tem muitos outros também.

– Os últimos anos não foram fáceis para você. Covid-19, batalha contra o câncer e, mais recentemente, uma cirurgia para retirada de sua vesícula. Como está a saúde, Jorge?

Sigo sobrevivendo e sendo feliz e realizado! Meu maior desejo é viver, ser longevo, com saúde plena.

– Ainda veremos você por muitos anos nos palcos?

É o que o vovô aqui espera! (risos) Quero seguir compondo e cantando. Tenho muita coisa ainda para viver e quero muito poder aproveitar enquanto estou aqui. Costumo dizer que não tenho muito o que pedir para Deus. Eu quero escrever e cantar, só isso.



Fonte: Portal LEODIAS

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