Causa palestina nunca foi dos governantes árabes, diz pesquisadora

A pesquisadora Muna Omran, da Universidade Federal Fluminense (UFF), disse que a causa palestina nunca foi uma bandeira genuína dos governantes árabes, mas sim uma causa abraçada pelo povo.

Coordenadora do Alfarabi — grupo de estudos sobre o mundo árabe e islâmico, Muna destaca as contradições nas posturas de líderes árabes em reação à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o controle da Faixa de Gaza.

Segundo a especialista, as lideranças árabes frequentemente utilizam a questão palestina de forma oportunista. “A questão palestina, o povo árabe desses países, é muito simpático à questão palestina. E eu costumo dizer que essas lideranças usam a questão palestina como uma questão de ocasião, quando é pertinente, quando é viável, quando é de interesse deles”, explicou.

A pesquisadora observou que o posicionamento atual dos países árabes em relação à proposta de Trump está intimamente ligado a acordos em andamento e interesses geopolíticos.

Ela cita o exemplo da Arábia Saudita, que anteriormente condicionava a normalização de relações com Israel à garantia dos direitos palestinos, mas agora se vê diante de novas considerações estratégicas.

Muna também menciona os Acordos de Abraão, assinados em 2020, que levaram à normalização das relações entre Israel e alguns países árabes, como os Emirados Árabes Unidos. Estes acordos, segundo ela, foram baseados na premissa de que Israel não anexaria a Cisjordânia, demonstrando o interesse dos países árabes na solução de dois Estados.

Preocupações com a estabilidade interna

A pesquisadora ainda destaca a posição do Egito, país que mantém um acordo de paz com Israel e recebe ajuda financeira dos Estados Unidos para sua manutenção. “A posição do Egito contra a proposta de Trump também se baseia em preocupações com a segurança interna”, diz, sugerindo que aceitar tal proposta poderia desestabilizar o governo do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

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