Quase 14 milhões de equatorianos devem ir às urnas neste domingo (9) para eleger o próximo presidente do país, enquanto as forças de segurança foram mobilizadas para garantir que o dia da votação ocorresse pacificamente.
Os trabalhadores do Conselho Eleitoral do Equador (CNE) prepararam e despacharam as urnas eleitorais na capital Quito sob a supervisão de observadores internacionais que chegaram ao país para monitorar o processo eleitoral.
No começo da semana, o presidente do Equador, Daniel Noboa ordenou a militarização dos portos, reforço da presença de forças de segurança nos limites do sul e do norte do país, e o fechamento das fronteiras a partir de sábado (8) até segunda-feira (10), alegando “tentativas de desestabilização de grupos armados”.
A violência relacionada às drogas abalou o Equador nos últimos anos e é mais uma vez o maior problema para muitos eleitores na votação deste domingo.
Ao todo, 16 candidatos concorrem ao posto, mas o pleito está polarizado entre o presidente de direita, Daniel Noboa, do Movimento Ação Democrática Nacional (ADN), e a candidata Luisa González, do partido de esquerda Movimento Revolução Cidadã, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa.
![Daniel Noboa e Luisa Gonzalez, candidatos à Presidência do Equador](https://i0.wp.com/www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2025/02/daniel-noboa-luisa-gonzalez-equador.jpg?resize=688%2C387&ssl=1)
O presidente do Equador, Daniel Noboa, está apostando que suas promessas de impulsionar iniciativas de combate ao crime iniciadas sob sua primeira administração e de lidar com cortes de energia garantirão a ele um mandato completo na votação.
Duas pesquisas de opinião recentes apontaram para uma possível vitória no primeiro turno para Noboa. Ele foi em Guayaquil e é herdeiro da vasta fortuna empresarial de seu pai, que inclui participações em plantações de banana, embalagens e remessas.
Outras pesquisas sugerem que a votação irá para um segundo turno em abril, onde ele provavelmente obteria uma vitória contra a esquerdista Luisa González.
González diz que seus planos de gastar em assistência social e impor penalidades mais severas para criminosos funcionarão melhor do que as políticas do titular Noboa, mas ela enfrenta uma batalha difícil para vencer a eleição presidencial deste domingo.
Como é a votação no Equador
A votação para presidente no Equador acontece das 7h da manhã às 17h, no horário local (9h às 19h do horário de Brasília). O voto é obrigatório para todos os equatorianos de 18 a 65 anos, sob pena de multa de 47 dólares (R$ 271).
Após se identificarem, os eleitores recebem quatro cédulas, uma delas as oito chapas de candidatos a presidente e vice-presidente. Para votar, é necessário marcar com uma caneta qual é a chapa de preferência. Após isso, depositar a cédula de papel na urna.
![Mesários fazem apuração de cédulas de votação na eleição presidencial do Equador](https://i0.wp.com/www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/25250_3E413638BB6ED2A7.png?resize=696%2C392&ssl=1)
As demais cédulas são para escolher legisladores nacionais, legisladores provinciais e integrantes do Parlamento Andino, órgão de controle da Comunidade Andina, bloco formado por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Nesses casos, o eleitor tem que decidir entre listas fechadas de legisladores dos diferentes partidos.
Se nenhum candidato obtiver 50% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, a disputa presidencial vai para segundo turno, que será realizado no dia 13 de abril.
Com informações da Reuters e Luciana Taddeo da CNN
Este conteúdo foi originalmente publicado em Eleitores vão às urnas no Equador para escolher presidente neste domingo no site CNN Brasil.