Exame de vista comum pode prever risco de AVC, mostra estudo

Um simples exame de vista poderia ajudar médicos a preverem com anos de antecedência se o paciente corre risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).  A descoberta, feita por um grupo de pesquisadores internacionais, foi publicada em janeiro na revista científica Heart.

O mapeamento de retina é um exame simples, feito em clínicas de oftalmologia, e poderia antecipar o diagnóstico de AVC sem a necessidade de testes invasivos. Isso porque o estado desse tecido fino que reveste a parte de trás da superfície interna do olho pode refletir a saúde dos vasos sanguíneos, permitindo a identificação de alterações microvasculares associadas a problemas cardíacos e cerebrais, como o AVC.

“A análise vascular da retina, uma abordagem de triagem não invasiva para avaliação de risco de AVC, teve melhor desempenho do que os modelos tradicionais de estratificação de risco. Os 29 novos indicadores da retina identificados oferecem novos caminhos para a pesquisa da fisiopatologia do AVC”, esclarecem os autores do estudo no artigo científico.

Saúde do olho indica riscos do AVC

Para fazer o estudo, os pesquisadores analisaram exames de fundo do olho de aproximadamente 45 mil pessoas cadastradas no Banco de Dados Biológicos do Reino Unido (UK Biobank). Os cientistas usaram um software desenvolvido para a análise da microvasculatura da retina, chamado sistema de avaliação de saúde microvascular baseado em retina (RMHAS, na sigla em inglês).

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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro

Agência Brasil

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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala

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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas

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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas

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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar

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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC

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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes

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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC

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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados

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Durante o acompanhamento dos participantes por 12,5 anos, foram registrados 749 casos de AVC. Os cientistas identificaram 118 características dos vasos da retina que poderiam ser usadas para a avaliação de saúde dos pacientes. Entre elas, 29 estavam relacionadas ao risco de uma pessoa sofrer um AVC pela primeira vez.

De acordo com os pesquisadores, qualquer alteração nesses indicadores estavam ligados ao aumento de 10% a 19% de risco de acidente vascular cerebral. O principal parâmetro foi a densidade dos vasos da retina.

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Fonte: Metrópoles

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