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Haddad conclui giro pelo Oriente Médio e volta a encarar desgastes

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Haddad conclui giro pelo Oriente Médio e volta a encarar desgastes

O giro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo Oriente Médio terminou nessa quarta-feira (19/2), após diversas reuniões bilaterais com autoridades. Além de representar o Brasil na Conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), o foco do ministro foi ampliar e fortalecer as relações comerciais com Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes.

Esta foi a primeira viagem internacional de Haddad em 2025. Vale lembrar que, desde janeiro deste ano, o ministro assumiu a presidência da trilha financeira dos Brics (sigla em referência aos países-fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Nas agendas, Haddad buscou destacar a situação econômica do país, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo em torno de 3% a 4% ao ano, nos últimos dois anos, e o ajuste fiscal que foi colocado em curso.

“O ajuste fiscal que estamos fazendo não é recessivo, porque estamos garantindo uma taxa de crescimento de 3% a 4%, com uma inflação em declínio, mesmo tendo que aumentar a taxa de juros neste momento para convergir para as metas estabelecidas pelo Banco Central”, explicou.

Ele observou, também, que o câmbio já “voltou a níveis adequados”, caindo em torno de 10% nos últimos 60 dias, o que deve fazer com que a inflação se estabilize.

Desgastes

A viagem internacional de Haddad tirou o titular da Fazenda do foco de ataques, não só da oposição, como do próprio governo, que conta com uma ala que dispara “fogo amigo” contra o ministro.

No entanto, fora do Brasil, Haddad foi citado por colegas em reunião com o presidente da República no último domingo (16/2), na Granja do Torto. Como mostrado pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha, preocupado com o resultado das pesquisas, Lula (PT) convocou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e ministros para uma reunião de última hora na residência de campo.

Aprovação de Lula despenca para 24%, a menor de todos os mandatos

No encontro, auxiliares e aliados de Lula culparam a comunicação e a equipe econômica pelos números ruins. A avaliação foi de que medidas como a “taxação das blusinhas” e a crise do Pix teriam prejudicado a avaliação do governo nos últimos dois anos.

A previsão é que Haddad desembarque em território nacional na madrugada desta quinta-feira (20/2) e volte a avançar na agenda econômica no Congresso Nacional. Ele irá despachar em Brasília nesta quinta e em São Paulo na sexta (21/2).

Nesse retorno, Haddad deverá tocar uma das principais apostas do governo, a reforma tributária sobre a renda, que inclui a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil, que ainda não foi enviada pelo governo federal. Outra aposta é o anúncio do “Vale Gás”, previsto para abril. Para tudo isso avançar, ainda é preciso votar o Orçamento de 2025 no Congresso.

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O ministro Fernando Haddad participa de conferência do FMI na Arábia Saudita

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Reunião bilateral entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda do Brasil) e Faisal Al-Ibrahim (Planejamento da Arábia Saudita)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o ministro do Investimento da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih

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Fernando Haddad em reunião com o ministro das Finanças dos Emirados Árabes, Mohamed Al Hussaini

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Os ministros Haddad (Fazenda) e Al Kuwari (Finanças) após reunião bilateral no Oriente Médio

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O que Haddad tratou no Oriente Médio

Em busca de novos investimentos, ele salientou que o Brasil saiu de uma inflação de dois dígitos, há três anos, para um índice entre 4% e 5%. Na conferência do FMI em Al-Ula, na Arábia Saudita, Haddad chegou a avaliar que o atual patamar da inflação brasileira está “relativamente” dentro da normalidade para o Plano Real, implementado em 1994.

“O Brasil deixou uma inflação de dois dígitos há três anos. Hoje, temos uma inflação em torno de 4% a 5%, que é uma inflação relativamente normal para o Brasil desde o Plano Real, há 26 anos”, disse o ministro.


Entenda a situação da inflação no país


Para o titular da Fazenda, a valorização do dólar ao redor do mundo pressionou um “repique inflacionário” no Brasil durante o segundo semestre de 2024. Esse comportamento, na visão de Haddad, teria feito o Banco Central (BC) adotar política monetária contracionista (ou seja, optar pelo aumento dos juros) para, assim, “garantir que a inflação fosse controlada”.

No Oriente Médio, Haddad teve reuniões bilaterais com:


Fonte: Metrópoles

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