Haddad diz que tarifaço de Trump não é “contra o Brasil”. Vídeo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (11/2) que a decisão dos Estados Unidos de impor um acréscimo de 25% sobre as importações de aço e alumínio não é direcionada ao Brasil, mas algo “genérico”. Anunciada pelo presidente Donald Trump no domingo (9/2), a medida foi formalmente assinada na segunda (10/2), mas só entra em vigor em março.

Veja:

Segundo Haddad, é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que está organizando as informações para repassá-las ao presidente Lula (PT).

“Mas nós [da Fazenda] estamos acompanhando, primeiro sabendo a minúcia da decisão, segundo observando quais as implicações que isso vai ter, porque não é uma decisão contra o Brasil, é uma coisa genérica para todo mundo. Observamos as relações do México, do Canadá, da China, esse respeito”, disse Haddad.


Brasil atingido

  • A decisão do governo Donald Trump de taxar em 25% as importações dos EUA de aço e alumínio atinge diversos países. A medida entra em vigor a partir de 12 de março.
  • Ao lado do Canadá e México, o Brasil é um dos maiores exportadores de aço para os EUA.
  • Os EUA foram o destino de 13,5% do total (72,4 mil toneladas) das exportações brasileiras de produtos de alumínio, segundo a Abal.
  • No seu primeiro mandato, Trump também adotou tarifas sobre importações dos metais. Na época, empresas do setor chegaram a anunciar demissões no Brasil, mas recuaram após o presidente norte-americano voltar atrás e cancelar a cobrança dos impostos.

Em seguida, o ministro disse que medidas unilaterais são “contraproducentes”.

“A avaliação é de que medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global. A economia global perde com isso, com essa retração, com essa desglobalização que está acontecendo. E isso não significa defender a velha globalização que trouxe outros desequilíbrios, mas defender um tipo de globalização sustentável do ponto de vista social, do ponto de vista ambiental.”

Sobre espaço para negociação com o governo americano, Haddad disse não saber, mas citou revisão de uma medida similar em 2018, na primeira gestão Trump, e citou a atuação do Itamaraty.

“Eu não sei qual a disposição do governo americano nesse momento de negociar, até porque em 2018, se eu não estou enganado, aconteceu de uma sobretaxa ser imposta e depois houve um recuo pouco tempo depois.”

Trump diz não temer retaliações

Após impor as tarifas sobre todas importações norte-americanas de aço e alumínio, Trump disse não temer retaliações da comunidade internacional contra os EUA.

“Eu não me importo”, declarou Trump ao ser questionado sobre a possibilidade. “Se houver retaliação, nós retaliaremos. É recíproco. Se eles aumentam, nós aumentaremos automaticamente”.

De acordo com Trump, a medida busca tentar reerguer a indústria do aço e alumínio dos EUA volte a apresentar bons resultados após “políticas de comércio falhas” anteriores que “arrasaram o setor”.

“Nós não podemos fazer com que tudo venha de fora dos EUA”, disse Trump ao assinar a medida. “Nós precisamos criar no nosso país, para proteger o futuro, a industria e a produção do nosso país”.



Fonte: Metrópoles

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