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Homem conhecido como Pequeno Hércules denuncia abusos do pai

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Homem conhecido como Pequeno Hércules denuncia abusos do pai

Hoje com 32 anos, Richard Sandrak ficou conhecido mundialmente quando criança por ser um fisiculturista mirim, apelidado de “menino mais forte do mundo” ou “pequeno Hércules” por apresentar músculos bem definidos por todo o corpo. Apesar de ter virado celebridade nos anos 90, Richard convivia com abusos e treinamentos intensos nos bastidores da vida com o pai, que era seu treinador.


O que aconteceu?


“Quando as pessoas falam em memórias de infância, normalmente associam a algo positivo. Não consigo me identificar. Minha infância era repleta de abuso e violência”, disse ele em entrevista ao portal britânico Metro.

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Richard Sandrak aos 12 anos

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Richard Sandrak aos 12 anos

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Richard Sandrak, 12 anos, com a irmã Anastasia Sandrak de seis

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Richard Sandrak, 12 anos, com a irmã Anastasia Sandrak de 6 anos, e com a mãe Lena Sandrak, 31

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A rotina intensa de Richard incluía cerca de oito horas por dia de treinamentos de artes marciais e musculação. Ele também afirma que, às vezes, o pai tinha “acessos de ira” e transformava tudo em “sessões de tortura”, que podiam durar até 12 horas seguidas.

O ex-fisicultursta descreveu o pai como “muito abusivo” e disse que ele nunca podia pedir para parar os treinamentos. Os únicos momentos de “descanso” era quando Richard era levado para programas de televisão ou estava competindo em torneios. Mesmo em momentos de lazer como assistir TV, ele precisava fazer agachamentos enquanto estava em frente à tela.

Fim dos abusos

Os abusos cessaram após uma noite de agressões de Pavel Sandrak contra a mãe de Richard, Lena. O jovem chamou a emergência e o pai acabou preso e posteriormente deportado para a Ucrânia. Os dois nunca mais tiveram contato e Richard também nunca recebeu um pedido de desculpas do homem por toda a situação.

“Sempre guardarei ressentimento em relação a ele. Dizem para que eu o ‘perdoe e esqueça’. Posso estar disposto a perdoar, mas nunca esquecerei”, afirmou.

Sem o pai para forçar a rotina intensa de treinos, Richard abandonou a musculação e nunca mais fez levantamento de pesos. “Musculação se tornou uma espécie de transtorno pós-traumático para mim”, contou o rapaz, que hoje foca a energia em outros esportes como natação, basquete e skate.

Os traumas da vida que levava acabaram aproximando-o do vício em alcool, algo que ele tem lutado para deixar para trás. Sóbrio há um ano, Richard vive de forma simples ao lado da namorada advogada e de dois gatos em Los Angeles: “Sou mais feliz com a vida que tenho hoje”, afirmou.


Fonte: Metrópoles

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