O Irã está pronto para dar aos Estados Unidos uma chance de resolver as disputas entre os países, disse um alto funcionário iraniano à Reuters nesta quarta-feira (5), um dia depois que o presidente Donald Trump restaurou uma campanha de “pressão máxima” sobre o país.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que as preocupações dos EUA sobre o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã não eram uma questão complicada e poderiam ser resolvidas.
“A vontade do establishment clerical é dar outra chance à diplomacia com Trump, mas Teerã está profundamente preocupada com a sabotagem de Israel”, disse a autoridade.
A autoridade acrescentou que Teerã quer que os Estados Unidos “controlem Israel se Washington estiver buscando um acordo” com a República Islâmica.
Trump disse nesta quarta-feira que preferia um acordo de paz nuclear verificado com o Irã, de acordo com uma postagem no Truth Social.
A campanha de “pressão máxima” de Trump sobre o Irã inclui esforços para reduzir suas exportações de petróleo a zero, a fim de impedir que Teerã obtenha uma arma nuclear.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, no entanto, minimizou o impacto das sanções sobre o Irã.
“Os Estados Unidos ameaçam com novas sanções, mas o Irã é um país poderoso e rico que pode enfrentar os desafios administrando seus recursos”, disse Pezeshkian em uma cerimônia de posse televisionada.
Há muito tempo, Teerã afirma que seu programa nuclear é totalmente pacífico e que não tem intenção de construir armas nucleares.
Porém, com seus aliados regionais desmantelados ou gravemente enfraquecidos desde o início do conflito entre Hamas e Israel em Gaza, em outubro de 2023, e o crescente descontentamento entre muitos iranianos com a situação da economia, os analistas dizem que o establishment clerical tem poucas opções além de fechar um acordo com Trump.
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