Mercado eleva projeção de inflação deste ano pela 17ª semana seguida

O mercado financeiro subiu a projeção da inflação deste ano pela 17ª semana seguida. Para os analistas financeiros consultados pelo Banco Central (BC), a estimativa passou de 5,51%, na semana passada, para 5,58% nesta semana.

Os dados fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (10/2) pelo Banco Central. As projeções são frutos da análise de mais de 100 analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.


O que é o relatório Focus

  • O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
  • O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
  • O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
  • As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne os dados.

Em 2025, a meta de inflação é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, sendo 1,5% (piso) e 4,5% (teto). Ela será considerada cumprida se oscilar entre esse intervalo de tolerância. Ou seja, o mercado acredita que a meta inflacionária será descumprida.

Caso a meta seja descumprida, o Banco Central precisa divulgar uma carta aberta ao ministro da Fazenda — nesse caso, o ministro Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. Isso porque a autoridade monetária é que faz o controle da inflação, por meio da taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias.

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Fachada do Banco Central

Galípolo tem a confiança do presidente Lula
Galípolo:
8 de outubro – O Senado Federal do Brasil realiza a sabatina de Gabriel Galípolo para nomeação como presidente do Banco Central do Brasil, a partir de 2025, sob a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
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Integrantes do Copom e o presidente do BC, Gabriel Galípolo

Raphael Ribeiro/ Banco Central

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Fachada do Banco Central

Breno Esaki/Metrópoles

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Breno Esaki/Metrópoles

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Galípolo tem a confiança do presidente Lula

Raphael Ribeiro/BCB

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Galípolo: “Todas as vezes que o presidente (Lula) me encontrou ou me ligou foi para dizer: ‘Comigo você terá toda a tranquilidade'”

Igo Estrela/Metrópoles

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8 de outubro – O Senado Federal do Brasil realiza a sabatina de Gabriel Galípolo para nomeação como presidente do Banco Central do Brasil, a partir de 2025, sob a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Reprodução/Instagram

A projeção de janeiro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 0,13% para 0,15%. Ou seja, os analistas acreditam que os preços dos bens e produtos avançarão 0,15% no primeiro mês do ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará a inflação referente a janeiro nesta terça-feira (11/2).

Inflação

Os economistas também elevaram as projeções de inflação para 2026 (pela sétima semana consecutiva) e 2028 (pela quinta semana seguida), enquanto mantiveram inalterada a estimativa de 2027.

Confira as projeções:

  • A estimativa de inflação para 2025 subiu de 5,51% para 5,58%.
  • A projeção de inflação para 2026 passou de 4,28% para 4,30%.
  • Enquanto a estimativa de inflação para 2027 continua a mesma da semana passada: 3,90%.
  • A previsão de inflação para 2028 cresceu de 3,74% para 3,78%.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve inalterada a projeção da taxa básica de juros, a Selic, para o fim deste ano. A estimativa dos economistas segue em 15% ao ano, como no relatório anterior.

Por outro lado, os analistas aumentaram a previsão da taxa Selic em 2027, indo de 10,38% ao ano para 10,50% ao ano.

  • Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
  • Para 2027, a previsão da taxa de juros subiu de 10,38% ao ano para 10,50% ao ano.
  • Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano — a primeira elevação dos juros neste ano e a quarta seguida.

Há ainda expectativa de nova alta de pelo menos 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, realizada nos dias 18 e 19 de março. Caso aconteça, a taxa de juros chegará a 14,25% ao ano já no início de 2025.

PIB

O mercado reduziu as projeções de crescimento da economia brasileira para os anos de 2025 e 2026. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 2,06% para 2,03%.

Confira as demais projeções para o PIB:

  • 2026: passou de 1,72% para 1,70%;
  • 2027: segue em 1,96%;
  • 2028: continua em 2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, e uma queda implica encolhimento da produção econômica da nação.

Embora tenha sido reduzida, a previsão do mercado para este ano segue próxima da projeção do BC, que prevê avanço de 2,1% do crescimento do país neste ano. A estimativa da Secretaria de Política Econômica (SPE) é de crescimento de 2,5% do PIB.

Outros indicadores

Dólar

No relatório Focus, o mercado financeiro manteve inalterada a previsão da taxa de câmbio (o dólar) para 2025, 2026 e 2027. Por outro lado, para 2028, a estimativa foi ajustada para baixo.

Veja as projeções do mercado para o dólar:

  • 2025: o valor continua em R$ 6.
  • 2026: a estimativa segue em R$ 6.
  • 2027: a projeção permanece em R$ 5,93.
  • 2028: a previsão caiu de R$ 6 para R$ 5,99.

Balança comercial

O saldo da balança comercial (valores do total exportações menos as importações) cresceu de US$ 75,7 bilhões para US$ 76,8 bilhões de superávit em 2025, conforme projeção do mercado financeiro.

Confira as estimativas para os próximos três anos:

  • 2026: a projeção de superávit subiu de US$ 77 bilhões para US$ 78 bilhões.
  • 2027: a previsão para o saldo positivo da balança comercial ainda é de US$ 80 bilhões.
  • 2028: o valor de superávit avançou de US$ 80,22 bilhões para US$ 82 bilhões.



Fonte: Metrópoles

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