Ministros do G7 condenam ofensiva do M23 no leste da RD Congo

Ministros do G7 condenam ofensiva do M23 no leste da RD Congo

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 condenaram veementemente neste sábado (1º) a ofensiva do grupo armado M23, apoiado por Ruanda, no leste da República Democrática do Congo e insistiu que o M23 e as Forças de Defesa de Ruanda parem sua defensiva.

Em um comunicado divulgado pelo Canadá, país que detém a presidência do grupo, os Ministros dos Negócios Estrangeiros disseram estar particularmente preocupados com a captura das cidades de Minova, Sake e Goma e pediram com insistência para que os partidos protejam os civis.

“Esta ofensiva constitui um flagrante desrespeito pela soberania e integridade territorial da RDC“, afirmaram os ministros, citando um grande aumento de civis deslocados e o agravamento das condições humanitárias.

O que é o M23 da RD Congo?

O M23 se refere ao acordo de 23 de março de 2009, que encerrou uma revolta liderada por tutsis no leste da RD Congo.

Esse é um dos grupos de rebeldes liderados por tutsis étnicos contra o governo da RD Congo, tendo lançado a revolta mais recente em 2022.

O grupo acusou o governo da RD Congo de não cumprir o acordo de paz e de não integrar totalmente os tutsis congoleses ao Exército e à administração do país.

Ele também promete defender os interesses dos tutsis, particularmente contra milícias étnicas hutus, como as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), fundadas por hutus que fugiram de Ruanda após participarem do genocídio de 1994, que matou quase 1 milhão de tutsis e hutus moderados.

A autoproclamada agenda de libertação do M23 foi marcada por uma longa trilha de supostas violações de direitos humanos e o que o grupo de direitos humanos Human Rights Watch descreveu em 2023 como “crimes de guerra contra civis” em Kivu do Norte. O grupo negou consistentemente tais alegações.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Ministros do G7 condenam ofensiva do M23 no leste da RD Congo no site CNN Brasil.