No Brasil, os preços da cesta básica composta por 12 produtos apresentaram leve variação de 0,10% em janeiro. O valor passou de R$ 345,23 para R$ 345,56 na média nacional. O consumo nos lares avançou 2,22% no mês passado.
Alimentos mais caros
- O governo federal está estudando medidas para baratear o preço dos alimentos, que afeta intensamente o bolso do brasileiro mais pobre. O destaque vai para as carnes e o café.
- O preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024, que fechou o ano em 4,83% – acima da meta projetada pela equipe econômica do governo. As maiores variações de preços foram das carnes (20,84%) e do café moído (39,60%).
- A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024.
- Governo aposta na queda do dólar (que recuou em torno de 10% nos últimos 60 dias) e na “supersafra” de 2025.
- No momento, a inflação acumulada em 12 meses é de 4,56%. Em janeiro, o grupo Alimentação e bebidas subiu 0,96%.
- O Palácio do Planalto descartou o tabelamento de preços para forçar a queda nos valores dos alimentos. Uma das medidas estudadas pelo governo é fortalecer e tornar mais “estimulante” o novo Plano Safra.
No recorte por capital e região metropolitana, os menores preços verificados foram de São Luís (MA) e Recife (PE), com cestas básicas de 12 produtos sendo vendidas a R$ 298,44 e R$ 299,69, respectivamente.
Do outro lado da balança, Belém (PA) e Rio Branco (AC) registraram os maiores preços observados no período.
“Os últimos meses de 2024 tiveram baixas expressivas das taxas de desemprego e ainda contaram com recursos injetados, como pagamento do Bolsa Família, do 3º lote residual do Imposto de Renda e da liberação em requisições de pequeno valor do INSS”, destacou Marcio Milan, vice-presidente da Abras.
Dos 12 produtos na cesta básica simples, apenas cinco apresentaram queda em janeiro. São eles: leite longa vida (-1,53%), carne bovina (-1,45%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%) e arroz (-0,54%).
Como mostrado pelo Metrópoles, a clássica combinação “arroz e feijão” continua na contramão da inflação dos alimentos e se mantém acessível nas gôndolas dos supermercados.
Do lado das altas, o destaque vai para o café torrado e moído, que subiu 8,56% em janeiro. Em 12 meses, a alta é de 50,34% na média nacional. Uma das explicações para o encarecimento do café é a questão climática, que afetou a produção nas últimas safras.
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Cesta básica de largo consumo
O AbrasMercado — indicador da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que mede a variação de preços nos supermercados — mostrou que, em janeiro, o preço médio da cesta de 35 produtos de largo consumo subiu de R$ 794,56 para R$ 800,75 (na média nacional). Um aumento de 0,78% em comparação com dezembro de 2024.
Confira quais produtos na cesta básica:
- Ficaram mais baratos em janeiro: leite longa vida (-1,53%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%), arroz (-0,54%), pernil (-0,95%), carne bovina – corte dianteiro (-1,45%) e batata (-9,12%).
- Ficaram mais caros em janeiro: café torrado e moído (+8,56%), açúcar refinado (+1,78%), frango congelado (+2,51%), carne bovina – corte do traseiro (+1,74%), ovos (+0,89%), tomate (+20,27%) e cebola (+7,99%).
Fonte: Metrópoles