Próximo de Motta e Alcolumbre, Haddad vê cenário positivo no Congresso

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vislumbra um cenário positivo com as novas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Eleitos no último sábado (1º/2), o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) têm boa relação com o titular da equipe econômica. A proximidade é fundamental para a aprovação da agenda econômica na segunda metade do governo Lula (PT).

No último ano, Haddad recebeu Motta na sede da pasta uma dezena de vezes. Ele também esteve com Alcolumbre em outras ocasiões, não registradas na agenda. A relação com o novo presidente da Casa Alta foi construída com a ajuda do antecessor, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que já era próximo de Haddad.


Boa relação com Congresso

  • A boa relação do ministro da Fazenda com os presidentes da Câmara e do Senado no próximo biênio (2025 e 2026) é fundamental, dado que são eles que definem a pauta do plenário, em conjunto com os líderes partidários.
  • Haddad precisa tocar projetos importantes nesta segunda metade do governo Lula, incluindo os projetos de reforma tributária sobre a renda. Faz parte desse pacote a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física.
  • A aprovação de projetos de ajuste fiscal é importante para dar credibilidade à atual gestão perante o mercado. Ao mesmo tempo, o governo quer dar sinais ao eleitorado já mirando em 2026, com projetos populares.

Ainda não há reunião marcada entre Haddad e os dois novos presidentes das Casas legislativas, o que poderá ocorrer nos próximos dias. O governo ainda precisa aprovar o Orçamento de 2025, e gostaria de ter a peça aprovada antes do Carnaval, mas os parlamentares dão indícios de que só deverão fazer essa votação em março.

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Ao longo dos últimos dois anos, o deputado Hugo Motta frequentou muito o ministério e almoçou uma dezena de vezes com o ministro. A visão nos bastidores da pasta é de que ele ajudou muito na articulação de projetos da Fazenda na Câmara.

Com Davi Alcolumbre, Haddad se reuniu recentemente na residência oficial do Senado. A ponte entre os dois foi feita justamente por Rodrigo Pacheco. O presidente do Senado é também o presidente do Congresso, e quem decide as datas das sessões conjuntas na qual são votados os vetos presidenciais.

Entre os itens que parlamentares ameaçam derrubar, estão os vetos ao novo programa de renegociação das dívidas dos estados com a União (o Propag), cujo impacto preocupa o time econômico do governo federal. Por isso, a relação com Alcolumbre ganha um relevo adicional.

Haddad também viu com bons olhos as declarações dadas no sábado pelo novo presidente do Senado, que disse ter “excelente relação” com o petista.

Após semanas em que foi Haddad foi fustigado pela oposição, com direito a uma declaração negativa do presidente do PSD, Gilberto Kassab, Alcolumbre lamentou as disputas políticas e partidárias que, segundo ele, tentam desconstruir a figura do ministro.

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“Tenho excelente relação com ministro Haddad. É até uma oportunidade, sem ser advogado do ministro, mas de perceber que ele está dando o máximo de si para tentar ajudar na agenda econômica do Brasil”, disse Davi Alcolumbre em entrevista à GloboNews no sábado.

“Infelizmente temos disputas partidárias e políticas que acabam entrando em outra esfera e tentando desconstruir a figura de homem público que está dando o máximo de si”, enfatizou.

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Motta cumprimenta Davi Alcolumbre

Em discurso como candidato à Presidência do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) coloca como prioridade a defesa das prerrogativas e mandato dos senadores
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O novo presidente da Câmara, Hugo Motta

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

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Motta cumprimenta Davi Alcolumbre

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Em discurso como candidato à Presidência do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) coloca como prioridade a defesa das prerrogativas e mandato dos senadores

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Alcolumbre ainda classificou o chefe da equipe econômica como “grande quadro do governo” e disse já ter conversado com Haddad antes da eleição para se colocar à disposição de “caminhar lado a lado”, como fez quando Paulo Guedes era ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PL).

“Eu reconheço e respeito o ministro Haddad como grande quadro do governo. Tenho relação extraordinária de relacionamento pessoal e já me coloquei à disposição caso viesse a vencer para caminhar lado a lado do ministro Haddad como fiz com o ministro Guedes”, completou.

Relação com Lira foi “pisando em ovos”

Com o último presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Haddad buscava cultivar uma boa relação, mas tinha que “pisar em ovos” em diversos momentos. Em um dos mais emblemáticos, em 14 de agosto de 2023, o ministro convocou a imprensa à tarde para fazer um reparo na declaração que havia dado sobre Lira em uma entrevista veiculada pela manhã daquele dia.

Na fala dada inicialmente, Haddad afirmou que a Câmara passou a acumular poder nas últimas legislaturas e que a Casa Baixa do Legislativo não pode “humilhar” o Senado Federal e o Executivo em determinadas negociações políticas.

Ainda sobre o relacionamento com Lira, o titular da Fazenda indicou: “A gente só aparece sorrindo, mas às vezes… é de debates acalorados”.

Poucas horas depois, Lira rebateu a fala de Haddad e disse que Câmara é “parceira do Brasil”. Ele também acrescentou ser equivocado “pressupor que a formação de consensos em temáticas sensíveis revela a concentração de poder na figura de quem quer que seja”.

Depois das declarações de Haddad repercutirem mal, o ministro ressaltou que ligou para Lira e falou sobre o tom adotado na entrevista. Ele garantiu que o governo tem uma relação estável com os deputados. “Eu até falei com o presidente Lira. Fiz questão de ligar para ele para que isso fosse esclarecido”, informou.

“As minhas declarações foram tomadas como uma crítica à atual legislatura. Na verdade, eu estava fazendo uma reflexão sobre o fim do presidencialismo de coalizão”, explicou Haddad a jornalistas. “Então, eu defendi, durante a entrevista, que essa relação fosse mais harmônica e pudesse expandir os melhores resultados”, completou.

Em um tom mais cuidadoso, Haddad chegou a destacar que todas as conquistas que o governo Lula teve no primeiro semestre de 2023 foram com o apoio da Câmara, do Senado e do Judiciário. Nos meses subsequentes, Haddad deu créditos ao Legislativo pela aprovação de projetos prioritários e fez uma série de elogios públicos a Lira e a Pacheco. Com o senador, o ministro já tinha boas relações e não teve grandes embates nos últimos dois anos.



Fonte: Metrópoles

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