Uma nora preta: Autora de “Vale Tudo” explica apoio de Odete a Maria de Fátima

A escalação de Bella Campos como Maria de Fátima no remake de “Vale Tudo” gerou muita repercussão antes mesmo da estreia. Isso porque, na versão original de 1988, a icônica vilã Odete Roitman – que agora será interpretada por Débora Bloch – jamais permitiria o casamento de seu filho, Afonso (Humberto Carrão), com uma mulher negra, considerando o perfil racista e elitista da personagem.

No entanto, a preocupação com a representatividade e a diversidade falou mais alto, e Bella Campos conquistou o papel disputado, marcando uma atualização importante para a nova versão da trama. Em um encontro com jornalistas, a autora Manuela Dias explicou a lógica por trás da escolha e como a personagem de Odete Roitman vai reagir ao relacionamento do filho com Maria de Fátima.

Segundo Manuela, apesar do racismo e machismo evidentes na personalidade de Odete, sua ambição e pragmatismo são características ainda mais fortes – e decisivas para o rumo da história: “Eu defendo que a Odete Roitman é pragmática e conectada com o que funciona para ela. E isso é maior que tudo para ela”.

A autora revelou que, para a vilã, pouco importa a cor da pele de Maria de Fátima, desde que a jovem esteja a serviço de seus interesses e objetivos pessoais: “Para Odete, serve quem está a serviço dela para executar a agenda dela. Então, a Maria de Fátima é perfeita para isso”.

Mais do que aceitar a relação entre Maria de Fátima e Afonso, Odete incentivará o romance e encontrará na jovem uma aliada em potencial, com quem se identificará profundamente – assim como na versão original: “Ela tem um processo muito forte de identificação com a Maria de Fátima. Em ambas as versões, Odete fala: ‘Você me lembra eu mesma quando eu era jovem’”.

Essa relação será o grande trunfo de Fátima para conquistar seu espaço e subir na vida, mesmo que precise jogar o jogo da poderosa empresária e seguir suas regras.

A decisão de escalar Bella Campos reflete a atualização necessária para um clássico que dialoga com as questões sociais contemporâneas. A autora destacou a importância de trazer representatividade para a novela, adaptando o enredo ao contexto atual sem perder a essência dos personagens.

Ao trazer uma protagonista negra para um papel central na trama, “Vale Tudo” reforça seu compromisso em abordar temas como ambição, desigualdade social e preconceito – agora com uma nova perspectiva, mais conectada com as discussões da sociedade moderna.

“A gente consegue ver hoje que, naquela época, só tinha dois atores pretos na novela. Naquele momento, até o nosso olhar era tão deformado pelo racismo estrutural que era difícil até ver. Hoje em dia, a gente consegue ver, nomear; existe um avanço incrível. Eu acho que a Raquel (Taís Araujo) sempre foi preta. Ela era branca pela nossa incapacidade social naquele momento de perceber e de dar esse protagonismo também para uma atriz preta”, explicou a autora.



Fonte: Portal LEODIAS

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