Veja como fica o comando do Congresso com Motta e Alcolumbre presidentes

As eleições das duas Casas do Congresso Nacional aconteceram neste sábado (1º).

No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito com 73 dos 81 votos. Na Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi escolhido presidente com 444 votos de 513 congressistas.

Além das presidências, outros cargos na estrutura do Congresso Nacional também sofreram alterações. As mesas diretoras foram definidas após a eleição dos novos chefes do Legislativo.

Mesa Diretora do Senado

No Senado, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocuparão as vice-presidências.

A divisão dos cargos foi acordada pelas siglas que apoiaram Alcolumbre, presidente eleito para os próximos dois anos. Os novos integrantes foram eleitos por aclamação acordada, por ser chapa única.

Veja como ficou a divisão:

  • 1º vice-presidente: Eduardo Gomes (PL-TO)
  • 2º vice-presidente: Humberto Costa (PT-PE)
  • 1ª secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)
  • 2ª secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)
  • 3ª secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)
  • 4ª secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)

Os suplentes serão:

  • Chico Rodrigues (PSB-RR)
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
  • Styvenson Valentim (PSDB-RN)
  • Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Mesa Diretora da Câmara

Na Câmara, o PL terá a 1ª vice-presidência. A distribuição dos cargos entre os partidos foi definida conforme acordo entre as siglas que apoiaram Hugo Motta.

Veja como ficou a divisão:

  • 1º vice-presidente: Altineu Côrtes (PL-RJ) com 440 votos
  • 2º vice-presidente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA) com 427 votos
  • 1º secretário: Carlos Veras (PT-PE) com 427 votos
  • 2ª secretária: Lula da Fonte (PP-PE) com 437 votos
  • 3º secretário: Delegada Katarina (PSD-SE) com 445 votos
  • 4º secretário: Sérgio Souza (MDB-PR) com 432 votos

Os suplentes serão:

  • 1° suplente: Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) com 395 votos
  • 2° suplente: Paulo Folletto (PSB-ES) com 389 votos
  • 3° suplente: Dr. Victor Linhares (Podemos-ES) com 388 votos
  • 4° suplente: Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) com 371 votos

“Nenhum senador tem direito de atrapalhar a agenda do governo”

Segundo Alcolumbre, sua gestão irá “respeitar e ajudar” o governo federal com relação às pautas no Congresso Nacional.

“Vou trabalhar incansavelmente pela relação de harmonia com os outros Poderes. A agenda eleita na última eleição foi a agenda apresentada pelo presidente Lula. Nenhum senador tem direito de atrapalhar a agenda do governo. O governo terá sua agenda totalmente respeitada. Vamos ajudar na agenda do governo, no que couber ao parlamento”, disse Alcolumbre.

Alcolumbre, no entanto, afirmou que o Senado terá direito de decidir com o que concorda, e que as propostas devem passar por um rito de diálogos.

“Vamos trabalhar lado a lado, apoiando a agenda do governo. Mas queremos o direito de dizer se concordamos ou não. Muitas vezes opinar e dar um caminho para uma proposta é o caminho mais razoável para a aprovação”, afirmou.

Entre as pautas de urgência do governo no Congresso, em 2025, está a proposta que pretende zerar o Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.

Na lista de prioridades também deve constar um projeto voltado para microempreendedores e outro que cria o Acredita Exportação, para estimular a venda de produtos brasileiros no exterior.

Estabilidade econômica e harmonia entre Poderes

Para Motta, o Legislativo “não tem tempo para errar” e que o povo brasileiro quer resultado.

Em seu discurso de vitória, afirmou que “defender a estabilidade econômica é defender a estabilidade social”.

“Nada pior para os mais pobres do que a inflação, a falta de estabilidade na economia. E a estabilidade é a resultante de um conjunto de medidas de responsabilidade fiscal. Não se apaga fogo com gasolina, não existe uma nova matriz de combate ao incêndio”, disse Motta.

O deputado também disse que não existe democracia em meio ao caos social. “Defenderemos a democracia porque defenderemos também as melhores práticas e medidas econômicas para defender a paz”, pontuou.

O novo presidente também fez apelos pela harmonia e independência entre os Poderes, além da união e diálogo no próprio Congresso. “Não existe um caminho da direita, da esquerda ou do centro, existe apenas o caminho do Brasil”, disse.

Sobre a defesa da democracia, Motta declarou que “não existe ditadura com parlamento forte”. Também citou frase de Ulysses Guimarães sobre o “ódio e o nojo à ditadura” e encerrou seu discurso dizendo “ainda estamos aqui”, em referência ao filme que conta a história de Rubens Paiva, deputado morto pela ditadura militar.

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