Walmart prevê crescimento lento em 2025 – e isso é um mau sinal aos EUA

Durante a crise de inflação dos Estados Unidos, os compradores correram para o Walmart em busca de mantimentos e roupas, procurando por bons negócios em todos os tipos de itens essenciais. No entanto, a empresa disse nesta quinta-feira (20) que o ano de 2025 será mais complicado, pois os consumidores estão cada vez mais frustrados com a inflação e preocupados com as tarifas do presidente Donald Trump.

O Walmart alertou que suas vendas e o crescimento do lucro diminuirão neste ano. A previsão fez suas ações caírem cerca de 6% durante o pregão inicial. Também arrastou para baixo o Dow, que caiu mais de 1%.

Na verdade, os negócios do Walmart continuam relativamente fortes e os consumidores estão “resilientes”, disse a empresa. A varejista afirmou que as vendas crescerão até 4% este ano e o lucro terá um aumento de até 5,5%. Mas isso ficou aquém das expectativas dos investidores.

O Walmart é o maior varejista dos Estados Unidos e um termômetro para gastos do consumidor. Sua desaceleração projetada é um sinal para o resto do setor varejista de que 2025 será um ano mais difícil.

David Silverman, diretor sênior da Fitch Ratings, espera que “a instabilidade do varejo continue em 2025”, dada a recente queda no sentimento do consumidor, especialmente para consumidores de baixa renda e nas tarifas, disse ele em nota aos clientes na quinta-feira.

Clientes que ganham mais de US$ 100 mil por ano e buscam economizar em mantimentos impulsionaram o crescimento do Walmart nos últimos anos.

O Walmart também construiu uma forte operação online para rivalizar com a Amazon. Ele adicionou a opção de comprar online e retirar na loja em milhares de locais ou no Walmart+, um programa de assinatura de entrega de mantimentos no mesmo dia.

Mas a empresa reconheceu que terá que lidar com tarifas e outros desafios.

Trump recentemente decretou uma tarifa de 10% sobre produtos vindos da China e de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. O presidente americano colocou taxas sobre o México e o Canadá até março e também prometeu impor “tarifas recíprocas”.

A perspectiva do Walmart “assume um ambiente macroeconômico relativamente estável”, mas “reconhece que ainda há incertezas relacionadas ao comportamento do consumidor e às condições econômicas e geopolíticas globais”, disse o diretor financeiro do Walmart, John David Rainey, em uma teleconferência com analistas.

O Walmart será capaz de lidar melhor com as tarifas do que a maioria das empresas, porque pode aplicar seu tamanho e escala para forçar preços mais baixos com fornecedores. Empresas menores têm menos alavancagem e podem ter que aumentar os preços para os consumidores, dizem economistas.

Ainda assim, em uma entrevista à CNBC, Rainey disse que o Walmart “não ficará completamente imune” às tarifas.

Os americanos estão mostrando sinais de preocupação com a economia. A maioria dos adultos em todo o país, 62%, sente que o presidente Donald Trump não foi longe o suficiente para tentar reduzir o preço dos bens cotidianos, de acordo com uma nova pesquisa da CNN.

Os preços ao consumidor subiram 0,5% no mês passado em relação a dezembro — o ritmo mais rápido em mais de um ano — à medida que os custos de energia e alimentos continuaram a pesar. Os preços dos ovos dispararam como resultado de uma gripe aviária mortal.

A varejista afirmou ainda que espera uma inflação normal neste ano de 1% a 2%, apesar do aumento nos preços dos ovos.

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